sexta-feira, 22 de julho de 2011

PE-60 e BR-101 serão re-estruturadas

Depois de sobrevoarem as rodovias PE-60 e BR-101, ontem pela manhã, o governador de Pernambuco, Eduar­do Campos, e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, anunciaram melhorias físicas para aquelas estradas. Tanto na PE-60 quanto na BR-101 será feito um trabalho de re-estruturação. A previsão é que as obras sejam iniciadas em setembro e custem R$ 45 milhões. O prazo para a conclusão do serviço é de seis meses. Além dessas melhorias, foi reforçada, nessa quarta-feira, a intenção de fazer intervenções maiores na BR-101, no trecho entre Prazeres, em Jaboatão, e o município de Paulista. Esse projeto faz parte das ações desenvolvidas visando a Copa do Mundo de 2014.

Para Eduardo Campos, os buracos existentes ao longo de dez quilômetros da PE-60 - entre o Cabo e a entrada de Suape - apareceram por causa do aumento do fluxo de veículos pesados. Isso teria acontecido depois que pontes caíram em decorrência das enchentes na Mata Sul. “No inverno do ano passado, o elevado de Palmares caiu. Quando ele foi refeito e liberado este ano, a ponte de Xexéu desabou. Dessa forma, nas duas ocasiões, os caminhões que passavam pela rodovia federal (BR-101) passaram a vir pela PE-60”, explicou o governador.

Através de uma negociação entre os governos Federal e Estadual, a obra de re-estruturação da PE-60 será custeada pelo Departamento Nacional Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Serão liberados R$ 15 milhões para a realização desse serviço. Da mesma forma iremos fazer em 30 quilômetros da BR-101, onde serão empregados R$ 30 milhões. Depois que concluirmos essa primeira etapa, que consiste na re-estruturação dessas duas estradas, iremos iniciar a segunda fase, a mais complexa, que é o projeto de melhoramento da mobilidade urbana”, disse Paulo Sérgio Passos.

O ministro garantiu que, a partir dos primeiros meses de trabalho de requalificação, a população que trafega pelas rodovias PE-60 e BR-101 irá sentir uma grande diferença. “Essas estradas são muito solicitadas aqui em Pernambuco. Esse serviço vai trazer benefícios imediatos para os cidadãos que trafegam por esses locais”, disse. No caso da verba que será empregada na BR-101, R$ 12 milhões já estão disponíveis e os outros R$ 18 milhões estão sendo providenciados. “Com a conclusão do trabalho, será proporcionada uma boa condição de velocidade aos motoristas e com mais segurança”, garantiu Passos.

O secretário dos Transportes do Estado, Isaltino Nascimento, explicou que o projeto maior, ao qual se refere o ministro, trata-se, principalmente, da construção de uma via exclusiva para o tráfego de ônibus. Essa obra deve iniciar em janeiro de 2012 e ser con­cluída em 2013. Ela irá custar R$ 500 milhões.

Fonte: Folha de Pernambuco

Caminhoneiros sofrem para liberação de notas

Caminhoneiros pararam ontem (21) por volta das 17h30min no Posto Fiscal de Três Lagoas, que seguiam para o estado de São Paulo. A fila quilométrica indignou alguns caminhoneiros que mais de horas esperavam por liberação de nota fiscal de suas cargas.

Dorci Capute, 50 anos trabalhando como caminhoneiro estava com uma carga de gados, disse que fazia mais de duas horas que estava esperando liberação de sua nota. “Sempre que eu passo por aqui é essa demora, eles atrasam muito para liberar é falta de respeito com nós trabalhadores”, disse.

Outro caminhoneiro, que não quis divulgar o nome, relatou que estava a mais de uma hora na fila esperando liberação de seu caminhão. “É muita parado, eles não são ágeis é sempre essa bagunça, preciso da nota tenho horário para entregar a carga já passei duas vezes por essa mesma situação neste posto fiscal”, explica.

Outros carros que passavam pelo local também sofreu com a demora. A Policia Militar foi acionada para averiguar situação e evitar possível tumulto. Nossa reportagem foi atrás dos responsáveis pelo Posto Fiscal e ninguém quis se pronunciar sobre a demora.

Fonte: Perfil News

Governo prepara edital para construir quatro novos portos

O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, disse que o governo está "avançando" na abertura de licitações para a construção de quatro novos portos e terminais: porto de Manaus, Porto Sul, na Bahia, porto de Águas Profundas, no Espírito Santo, e terminal de múltiplo uso de Vila do Conde, no Pará. Todos eles estão em fase de estudos para lançamento dos editais, o que deve ocorrer até o fim do ano.

Os mais adiantados são o de Manaus, que tem projeto básico e está em fase de conclusão do estudo de viabilidade técnica e econômica, e o de Vila do Conde. Na quarta-feira, foi realizada audiência pública na Companhia Docas do Pará sobre a licitação das áreas de arrendamento. Os dois portos representam investimento de R$ 2 bilhões.

Em entrevista ao Valor, Cristino negou que o governo estuda a privatização do sistema portuário e reafirmou a manutenção do atual modelo. O arcabouço legal do setor prevê a concessão de porto público à iniciativa privada, por meio de licitação, por até 50 anos e autorização de terminal privativo, sem limite no tempo, desde que o empreendedor tenha carga própria. Segundo Cristino, o governo não prepara alteração no marco regulatório.

Parte da iniciativa privada reivindica a flexibilização da legislação portuária, com a eliminação de licitações para construção de portos, para acelerar os investimentos em infraestrutura. Atualmente, só é possível abrir mão da licitação quando o empreendedor tem carga própria em quantidade superior à de terceiros e usa o porto como forma de verticalizar seu negócio principal, como, por exemplo, Petrobras e Vale. Se a finalidade do negócio é prestar serviço de movimentação a terceiros, a regra é a licitação. O Brasil conta com 129 portos privativos e 34 portos públicos marítimos.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Antaq investe na expansão dos portos do Norte e Nordeste

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o cearense Pedro Brito, elogiou, nesta segunda-feira, 11, a gestão da Companhia Docas do Ceará (CDC), que deverá entregar, em breve, a dragagem do Porto do Mucuripe ampliada de 10m para 14 metros de profundidade.

Segundo ele, a ação vai reforçar o potencial econômico da CDC, pois fará com que o porto receba navios de maior porte e, consequentemente, cargos com maior volume.

Pedro Brito disse que, por hora, a Antaq vem tratando de projetos voltados para a modernização dos portos de Manaus e da Bahia. Adiantou que há um investimento programado de R$ 200 milhões, enquanto os portos baianos deverão receber R$ 500 milhões para infraestrutura.

Esses investimentos, conforme Pedro Brito, integram as prioridades do governo federal, que quer ver o Norte e o Nordeste com portos em condições de ganhar novos mercados.

Fonte:  O POVO Online/Fortaleza

Crise no Dnit ameaça melhoria das rodovias

A Transamazônica é a única estrada que liga a pequena vila de Belo Monte às cidades vizinhas de Altamira e Marabá

A decisão do governo de suspender temporariamente todas as licitações tocadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), após as denúncias de corrupção que atingem a Pasta dos Transportes, pode mexer com a eficiência logística programada para Belo Monte. O novo ministro dos Transportes, Paulo Passos, já sinalizou que vai tentar destravar algumas obras que poderiam ser prejudicadas se perderem a "janela hidrológica", ou seja, o período de seca.

Em Belo Monte, todas as atenções voltam-se para a BR-230, a Transamazônica. Boa parte dos funcionários, equipamentos e insumos da obra passarão por essa rodovia. Hoje, a Transamazônica é a única estrada que liga a pequena vila de Belo Monte, onde será construída a casa de força principal da hidrelétrica, às principais cidades vizinhas de Altamira e Marabá. A situação atual da rodovia é de total precariedade. São centenas de quilômetros de terra e buracos onde, durante os meses de chuva, ninguém consegue passar.
O Dnit, segundo Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio Norte Energia, já havia sinalizado que iria asfaltar pelo menos 80 quilômetros da Transamazônica, até Altamira.
Com 4.977 quilômetros de extensão, dos quais apenas 1.672 estão pavimentados, a Transamazônica começa no município de Cabedelo (PB) e segue até Benjamin Constant (AM), na fronteira com o Peru. O traçado corta sete Estados: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas.


Fonte: Valor Econômico

BR tem déficit de 15 anos em transporte

“O Brasil está 15 anos atrasado na questão de sustentabilidade no transporte” é o que afirma Washington Soares, vice-presidente da CBC (Câmara Brasileira de Contêineres, Transporte Ferroviário e Multimodal) e professor de Gestão Portuária e Terminais do Curso de Logística Portuária da Unisanta. De acordo com o especialista, os terminais portuários brasileiros se restringem muito a uma única matriz de movimentação e escolhem a menos “ecoeficiente”.
A “ecoeficiência” no transporte é uma comparação entre a produtividade do mesmo e seu impacto ambiental, ou seja, é a sua capacidade de carga versus o nível de emissão de poluentes. Para ilustrar este conceito pode-se analisar o impacto ambiental entre um trem e um caminhão, segundo Soares, para uma tonelada movimentada, o modal ferroviário emite apenas 30% do que é produzido pelo rodoviário, em outras palavras, o primeiro é mais “ecoeficiente” que o segundo.
Soares explica que o Brasil peca neste quesito, pois, de acordo com ele, o setor portuário nacional investe pouco em ferrovias. O executivo explica que, por exemplo, o terminal de Santos - o maior da América Latina - restringe o acesso das ferrovias ao porto. Segundo o vice-presidente da CBC, recentemente, a montagem de trens expressos de contêineres foi proibida no complexo santista pelas autoridades que alegaram falta de segurança nas operações.
O especialista, no entanto, afirma que a decisão na verdade favoreceu interesses privados em aumentar a capacidade de armazenagem no terminal e facilitar o acesso de caminhões ao local.

Fonte: WebTranspo

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Frente Parlamentar de Logística dos Transportes será reinstalada

A Frente Parlamentar Mista de Logística dos Transportes e Armazenagem será reinstalada.

Em evento foi apresentado números de investimentos realizados até agora nos setores de transportes e logística contidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A frente reúne 204 deputados federais e 20 senadores. Seus dirigentes são:
- presidente, deputado Homero Pereira (PR-MT);
- vice-presidente, senador Clésio Andrade (PR-MG);
- coordenador da região Sudeste, deputado Carlos Zarattini (PT-SP);
- coordenador da região Sul, deputado Celso Maldaner (PMDB-SC);
- coordenador da região Norte, deputado Irajá Abreu (DEM-TO);
- coordenador da região Centro-Oeste, deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS);
- coordenador da região Nordeste, deputado Oziel Oliveira (PDT-BA).

A frente foi lançada em 2009, com o objetivo de agregar parlamentares para avançar nas proposições legislativas que visem mudanças e melhorias na qualidade da infraestrutura brasileira. O colegiado também cobra, fiscaliza e apoia projetos do Executivo na sua área de atuação.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Presidente da CNA defende investimentos em logística de transporte

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, criticou, em discurso no Plenário do Senado, a falta de investimentos em logística e lembrou que o investimento em 2.700 quilômetros de uma hidrovia, a Tocantins, permitiria o escoamento de tudo o que produzido na Zona Franca de Manaus e a distribuição de todo o combustível da região Norte do País e do Centro-Norte, reduzindo custos. “A hidrovia Tocantins está empatada por uma eclusa em Lajeado”, lembrou ao acrescentar que está sendo construída outra hidroelétrica em Estreito, também sem a eclusa. “Os barramentos próximos ao futuro Porto de Praia Norte impedem que essa hidrovia possa ser um instrumento poderoso para o Brasil diminuir custo”, afirmou. A construção da hidrovia Tocantins, estimou, custaria R$ 1,5 bilhão, valor inferior ao desviado, segundo denúncias da revista Veja, em apenas uma obra conduzida pelo Ministério dos Transportes no período de um ano.

A senadora Kátia Abreu avaliou, também, a condição do transporte hidroviário em países que concorrem com o Brasil no mercado internacional. Enquanto os Estados Unidos têm 41 mil quilômetros de hidrovias; a China tem 124 mil; a Rússia, 102 mil; e o Brasil, 7 mil quilômetros de hidrovias. “Essa condição empata o nosso crescimento.

Estamos empatando os nossos Mississipis com as hidrelétricas sem as eclusas”, afirmou. Ao criticar a falta de investimentos em logística, a senadora Kátia Abreu citou denúncias de superfaturamento em obras do Ministério dos Transportes. “É por isso que o dinheiro não dá. Se é um sistema viciado, de anos e anos, vamos corrigir, vamos estancar essa ferida. Mas nós precisamos de logística. O País não pode continuar com o custo com que se encontra”, afirmou.

Para comprovar a ineficiência do sistema brasileiro de transporte, a presidente da CNA acrescentou, ainda, que são quatro milhões de quilômetros de rodovias asfaltadas nos Estados Unidos; na China, são 1,5 milhões de quilômetros asfaltados; e no Brasil, 196 mil quilômetros. “Esses são nossos concorrentes. Nossos concorrentes são os americanos, são os chineses, são os australianos, são os canadenses, que vão nos tirar do ramo, porque não temos logística”, afirmou. Acrescentou, ainda, as péssimas condições das estradas. “Nós sabemos que 70% das estradas do País são péssimas ou ruins”, avaliou.

Fonte: CNA

SP tem 10 mil km de estradas esburacadas

Dos 15,8 mil quilômetros de rodovias estaduais sem pedágio do Estado de São Paulo, pelo menos 10 mil km têm problemas de conservação e precisam de reformas, aponta levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp).

A extensão da malha ruim é quase o dobro dos 6,2 mil quilômetros da rede estadual com pedágio, considerada em bom estado. O alto custo da tarifa leva os motoristas, principalmente caminhoneiros, a usar as rodovias sem pedágio como rota de fuga, piorando suas condições.

Um trecho de 213 km da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), entre Itapetininga e Ourinhos, é uma das principais rotas usadas pelos caminhões de carga procedentes de Mato Grosso do Sul em direção à Grande São Paulo ou à Baixada Santista. Nela, as carretas bitrens evitam a Rodovia Castelo Branco e economizam R$ 174,50 por viagem. Em uma viagem de ida e volta, a economia dobra.

O problema é que, sem conservação, a estrada de pista simples não aguenta o tráfego pesado e intenso. O asfalto está esburacado e os acostamentos desapareceram. O único serviço, de tapa-buracos, é ocasional e não dá conta. O motorista José Luis Sgarioni, de Flores da Cunha (RS), considera o trecho o pior de São Paulo. "Como a gente paga tanto pedágio aqui no Estado, merecia andar só em estrada boa", afirma.

A Rodovia Floriano de Camargo Barros (SP-143), que liga a Castelo à Marechal Rondon, também virou rota de fuga, segundo o levantamento do sindicato. Com isso, suas pistas afundam sob o tráfego de carretas. O trecho de 25 km está repleto de "borrachudos", pontos de afundamento. Já a Rodovia Euryale de Jesus Zerbine (SP-066), perto de Guararema, é usada pelos caminhões para escapar dos pedágios da Carvalho Pinto. A pista é simples, sem acostamento e o asfalto está deteriorado.

Fonte: O Estado