sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Trecho sul do Rodoanel passa a cobrar pedágio no mês que vem

O consórcio SPMar deve iniciar a cobrança de pedágio no trecho sul do Rodoanel até o próximo mês. A tarifa proposta pelo consórcio -formado pelas empresas Contem e Cibe, do grupo Bertin- foi de R$ 2,19, em julho de 2009. Ela será reajustada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para cerca de R$ 2,40.

Inaugurado em abril de 2010, o trecho sul do Rodoanel é alvo de reclamações dos motoristas devido às falhas estruturais. Sem iluminação, postos da polícia rodoviária estadual ou telefones de emergência, a estrada é perigosa, tanto pelas suas curvas sinuosas quanto pelas ações violentas de criminosos na região. Ontem, começaram as obras do trecho leste, que deve ficar pronto em março de 2014.

Fonte: Folha de S. Paulo

Etanol está 26% mais caro que um ano atrás

Os preços dos combustíveis pararam de subir nas últimas semanas, de acordo com levantamentos da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocom­bustíveis (ANP). Em Curitiba, etanol e gasolina custavam respectivamente R$ 1,84 e R$ 2,54 por litro, em média, na semana en­­cer­­rada em 13 de agosto, pouco abaixo dos valores apurados qua­­tro semanas antes (R$ 1,85 e R$ 2,57). No entanto, os preços continuam mais altos que em 2010, em especial os do etanol.

Desde a marca recorde atingida em abril (média de R$ 2,31 por litro), as cotações do álcool nas bombas recuaram 20%. Ainda assim, estão 26% acima das registradas em agosto de 2010. Nas usinas, o aumento em 12 meses foi ainda maior, de 38%, conforme o Centro de Estudos Avança­dos em Economia Aplicada (Cepea/USP). As razões estão na quebra da safra de cana que está sendo colhida e também em fa­­tores estruturais, como a falta de investimento em canaviais nos últimos anos.

A gasolina subiu bem menos: nos postos de Curitiba, o valor mé­­dio atual é 3% mais alto que o cobrado há 12 meses. O preço da gasolina nas refinarias está congelado há anos, mas, como ela leva 25% de álcool anidro em sua composição, seu preço final é muito influenciado pelas oscilações do etanol. Depois do pico atingido em abril, o anidro vendido pelas usinas recuou 45%, barateando o preço da gasolina nas bombas. No mesmo período, o álcool hidratado, usado nos car­­ros flex, recuou 17%, segundo o Cepea/USP.

Novo patamar - Para especialistas, a tendência é de que o etanol permaneça acima das médias históricas até que a indústria sucroalcooleira volte a investir no aumento da área plantada com cana e, especialmente, na renovação dos canaviais mais velhos – quanto mais velha a lavoura, menor a produtividade.

Além de sofrer as consequências desse problema estrutural, a safra atual ainda foi afetada por seca, excesso de chuva e, mais re­­centemente, geadas. De acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), essa combinação derrubou a produtividade das lavouras em 20,2% em relação a 2010. Na semana passada, a entidade voltou a rebaixar sua estimativa de produção. Agora, espera que a colheita de cana some 510,2 milhões de toneladas no Centro-Sul do país, 8,4% abaixo do volume colhido na safra passada. Nessa mesma comparação, a fabricação de etanol deve recuar 17,3%, para 21 bilhões de litros.

Consumo caiu 22% no primeiro semestre - Os dados mais recentes da ANP sobre o consumo de combustíveis, referentes a junho, mostram que a disparada dos preços do álcool nos primeiros meses do ano fez o consumidor “migrar” para a gasolina. No primeiro semestre, as distribuidoras de todo o país venderam 5,2 bilhões de litros de etanol hidratado, 22% a menos que nos seis primeiros meses do ano passado. Em compensação, as vendas de gasolina cresceram 15%, para 16,8 bilhões de litros.

Diante da ameaça que o consumo de álcool diminua a ponto de inviabilizar a expansão do setor, o governo vem prometendo há meses um pacote de incentivos – e exigências – para o setor. Mas, até agora, não houve qualquer anúncio oficial. Se quiser, o governo pode lançar mão de uma medida de caráter mais emergencial, a redução da mistura de álcool à gasolina dos atuais 25% para até 18%. Mas, nas últimas reuniões do comitê de monitoramento do setor, a iniciativa foi considerada desnecessária, ao menos por enquanto.

Fonte: Gazeta do Povo – PR

DER altera velocidade para 90 km/h na rodovia de Bonfim

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) confirmou a redução do limite de velocidade máxima - dos atuais 110 km/h para 90 km/h - do trecho urbano da rodovia José Fregonesi (SP-328), que liga Ribeirão Preto a Bonfim Paulista.

A medida entrar em vigor em 30 dias e atende aos pedidos feitos pelo Conseg (Conselho Municipal de Segurança Pública) local.

O conselho chegou a apresentar nesta quarta, em audiência com o diretor regional do DER, Armando Costa Ferreira, um estudo técnico sobre a viabilidade da redução da velocidade.
Desenvolvido pelo engenheiro e consultor de trânsito Eduardo Araújo Junqueira Reis, o documento sugeria trechos com velocidade de até 70 km/h.

O diretor regional do DER informou que também encomendou estudo específico da José Fregonesi para a Coordenadoria de Operações. "Esse estudo confirmou a necessidade de baixar a velocidade para 90 km/h. Assim, aguardamos somente a homologação da medida", completa.

A troca das placas indicativas de velocidade deve ocorrer dentro de 30 dias.Segundo o diretor regional do departamento, a velocidade de 90 km/h será a mesma para carros, motos e caminhões, nos dois sentidos da rodovia. Pelas condições atuais, apenas caminhões trafegam com essa velocidade.
Trecho após Bonfim

O DER também decidiu pela alteração do limite de velocidade do trecho da rodovia após Bonfim, com destino a Araraquara. O limite passa a ser de 80 km/h.

Para o presidente do Conseg, Antônio Pereira Neto, a redução vai permitir coibir os acidentes por excesso de velocidade. "Não podemos permtir a perda de mais vidas. O DER acatou o nosso pedido e esperamos por mais melhorias, como a construção de passarelas", disse.

O vice-prefeito Marinho Sampaio também participou nesta quarta da audiência no DER. Ele anunciou investimento na iluminação do primeiro retorno da José Fregonesi, para quem segue no sentido Bonfim, próximo ao condomínio Quinta da Alvorada.

O gerente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Fabiano Guimarães, disse que a participação do Conseg na conquista da alteração do limite de velocidade foi de extrema importância.
A pressão popular para redução no limite de velocidade aumentou no início deste ano, após sucessivos acidentes no trecho.

Fonte: A Cidade

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Anhanguera é rodovia que concentra maioria dos roubos de carga em SP

A Via Anhanguera, que liga a capital paulista ao norte do estado, é a estrada que concentra o maior número de roubos de cargas em São Paulo. Segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), no primeiro semestre deste ano foram 130 casos, o que representa 17,69% do total das 735 ocorrências registradas nas rodovias que cortam São Paulo.

Segundo as polícias Civil, Militar Rodoviária e Rodoviária Federal, a Anhanguera é visada pelos ladrões de carga pelo fato de ser um dos corredores financeiros do Brasil, interligando cidades importantes como São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Franca. Além disso, possui estradas secundárias, usadas pelos criminosos para a fuga.

Vítimas das quadrilhas de criminosos que atacam nas estradas paulistas relataram momentos de tensão durante os ataques. Em março deste ano, um motorista que não quis ter o nome divulgado chegou a ser perseguido por criminosos e fechado no Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Obrigado a parar no acostamento, foi abordado por uma quadrilha e assaltado. “Os criminosos saíram armados, apontaram a arma em minha direção e me pegaram. Durante o tempo em que fui mantido refém, ouvi intimidações e ameaças de morte, mas nenhum objeto meu foi levado. Eles só queriam mesmo as mercadorias dentro do veículo”, disse.

Percentualmente, o Rodoanel foi a rodovia que teve maior crescimento de roubos entre as demais estradas. De janeiro a junho de 2010, o número de casos foi de 14; neste ano, no mesmo período, foram 25 – aumento de 11 registros ou 78,6%.

Comparativamente, no mesmo período de 2010, a rodovia com mais crimes, segundo o sindicato, havia sido a Régis Bittencourt, com 155 roubos, seguida pela Via Dutra (116) e Anhanguera (84). A mudança do ano passado em relação a este ano se deve ao critério adotado para compilar os dados.

“O que mudou foi realmente o critério de registro dos roubos. Dessa vez, os saques foram diferenciados, o que não ocorria até o ano passado. Na Régis, por exemplo, há saques nos congestionamentos e tombamentos. Nesse caso, dos roubos de carga, a maioria foi por causa de saques, e não assaltos à mão armada. Por isso houve essa mudança”, disse Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança do Setcesp e coronel da reserva do Exército.

Tipos de carga

Produtos alimentícios são o tipo de carga mais roubada. Dos 3.345 casos de assaltos a veículos de transporte de carga registrados pelo Setcesp nos seis primeiros meses de 2011, 834 eram de alimentos. Esse tipo de carregamento foi também o mais visado pelas quadrilhas no mesmo período do ano passado (912 dos 3.477 crimes registrados no período em todo o estado).

Apesar de os produtos alimentícios terem sido mais roubados de janeiro a junho deste ano, o tipo de carga roubada que teve maior crescimento percentual foi o de eletroeletrônicos. No primeiro semestre de 2010, foram 431 roubos desse tipo de produto. Já no mesmo período de 2011, 574 ocorrências foram registradas, o que dá um aumento de 143 casos, ou 33,2%.

Em valores, eletroeletrônicos representam mais de um terço do prejuízo causado pelos ladrões. O roubo de carga causou perda de R$ 148 milhões a empresas apenas nos seis primeiros meses. Desse total, mais de R$ 51,3 milhões eram produtos eletroeletrônicos.

Caminhoneiros também relataram ter sido abordados pelos assaltantes durante a noite, quando costumam parar em postos de combustíveis para descansar. Os criminosos cercam o caminhão, batem na porta do veículo e rendem o condutor.

Escolta armada

Uma das medidas utilizadas por empresas que atuam em regiões de risco é a utilização de escolta armada. Os entregadores saem com um carro extra que os acompanha para proteger e evitar os assaltos.

Em junho deste ano, a transportadora onde trabalha o gerente Felipe Cunha pediu escolta por conta do alto valor da carga e da maior visibilidade que ela tinha. “Tínhamos uma entrega lá na Brasilândia [Zona Norte de São Paulo] com uma carga bastante visada: televisão, notebook e vários eletrônicos. Aí, tivemos que usar a escolta”, disse Felipe.

Ele relatou que já houve casos em que os assaltantes abriram os pacotes e levaram somente aquilo que lhes interessava, na maior parte, eletrônicos. Segundo o entregador, os assaltantes não querem roubar os pertences dos entregadores. O foco deles é a mercadoria dentro dos veículos. Após o assalto, os automóveis são abandonados ou até mesmo devolvidos. O motorista que foi escoltado disse que a experiência foi “positiva”. “Foi boa, me senti seguro. Sem isso, é complicado ir para lá”, afirmou o homem, que pediu para não ser identificado.

Polícias

Segundo as polícias, o número elevado de roubos nas rodovias se deve ao fato de as estradas terem tráfego intenso de cargas. O delegado Waldomiro Milanesi, coordenador do programa Pró-carga, que visa a prevenção e redução de furtos, roubos e apropriação indébita de cargas, o raio de ação das quadrilhas geralmente não ultrapassa a distância de 150 km da capital.

“As pessoas precisam ter um respaldo, toda uma logística para desmontar o equipamento [bloqueadores de sinal de rastreadores], tirar a mercadoria e já imediatamente locar o espaço onde a receptação será feita. Isso ocorre por causa de grande concentração de mercadorias circulando e até de distribuição nesta região”, disse o policial.

Para combater esse tipo de crime, as forças policiais têm equipes especializadas em abordagem de cargas roubadas. “Elas equivalem à Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar] da capital. Têm um armamento mais pesado para lidar com esse tipo de quadrilha”, disse o capitão da Polícia Militar Robinson Pomilio, comandante da 1ª Cia do 4º Batalhão de Policiamento Rodoviário. O oficial acrescentou que o reforço ao combate ao crime deu resultados, com maior número de apreensões nas estradas estaduais.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal em São Paulo, responsável pelo patrulhamento em vias federais como a Régis e a Via Dutra, há diariamente um combate intenso aos roubos de carga. “Mas é necessário também uma conscientização do motorista”, disse o inspetor Edson Varanda, chefe da comunicação social da PRF em São Paulo.

O policial recomendou aos caminhoneiros que evitem dar carona e parem apenas em locais seguros, como postos de combustíveis movimentados e com segurança. “A maior parte dos roubos acontece quando o veículo está parado. O bandido depende de uma logística muito grande para fazer uma abordagem em movimento.”

Fonte: G1

Governo de PE pede R$ 1 bi ao BNDES para o porto de Suape

Diante do interesse crescente das empresas pelo porto de Suape, em Pernambuco, o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), bateu à porta do conterrâneo Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a quem pediu, na sexta-feira passada, R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura no ancoradouro.

Os recursos fazem parte do pacote de R$ 4 bilhões que o governo pernambucano precisa investir em Suape até 2014, a fim de abrigar com eficiência todos os empreendimentos prometidos para o complexo industrial que integra o porto.

"Pernambuco vem contratando, em média, R$ 400 milhões por ano ao BNDES. O momento econômico que estamos vivendo, com crescimento em todas as áreas, nos obriga a investir cada vez mais em infraestrutura", afirmou o governador, em nota. Além do banco de fomento, Campos espera financiar as obras com parcerias com o setor privado e com recursos do Tesouro Estadual. Entre 2007 e 2010, o porto recebeu R$ 1,1 bilhão em investimentos públicos.

Instalado em área de 13 mil hectares, a 50 quilômetros do Recife, o Complexo Industrial e Portuário de Suape concentra investimentos privados que somam US$ 21 bilhões. O maior é a refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, que representa um aporte total de US$ 13,5 bilhões. A Petroquímica Suape, também controlada pela estatal, vai custar US$ 2,5 bilhões. Entre dezenas de outros investimentos, há ainda a Companhia Siderúrgica de Suape (US$ 1 bilhão) e o Estaleiro Atlântico Sul (US$ 1,5 bilhão).

A preparação do complexo para a chegada de outros estaleiros está entre as prioridades da carta-consulta entregue por Campos ao presidente do BNDES. De acordo com o vice-presidente do porto, Frederico Amâncio, boa parte dos recursos solicitados será direcionada a obras de dragagem nas áreas onde deverão ser instalados pelo menos dois novos estaleiros: o Promar, controlado pelo grupo PJMR, e o Construcap, do grupo paulista de mesmo nome. Cada um vai investir algo em torno de R$ 200 milhões.

Também será preciso realizar a dragagem das áreas onde se pretende construir quatro novos cais, que se somarão aos cinco já existentes. O empréstimo solicitado ao BNDES contempla ainda a instalação de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para transporte dos trabalhadores, obras de terraplenagem e de reforço dos molhes, como são conhecidos os paredões de pedra instalados para proteger o porto da força das águas. O projeto de ampliação também prevê a construção de novas estradas de acesso e de um centro de tecnologia ambiental.

"O complexo está em um ritmo acelerado de crescimento, especialmente da área industrial, o que demanda esse investimento para dar todo o suporte de infraestrutura", afirmou Amâncio. Segundo ele, menos da metade da área total destinada a empreendimentos industriais ainda está disponível para novos projetos. A Fiat, por exemplo, não encontrou um terreno que comportasse a sua fábrica e a pista de provas, o que levou a montadora a mudar para o município de Goiana, 110 quilômetros ao norte de Suape

Fonte: Valor Econômico

Sentença que suspendia pedágio é considerada nula

A cobrança de pedágio no Rodoanel Mário Covas, trecho Oeste, deve continuar sendo feita. O entendimento é da 5ª Câmara de Direito Público, que derrubou sentença de primeiro grau. Os desembargadores não chegaram a analisar o mérito e declararam nulo o processo ao acolher a preliminar de litisconsórcio passivo necessário. O relator do caso, Nogueira Diefemthaler, foi seguido pelos desembargadores Maria Laura Tavares e Franco Cocuzza.

O pedágio nunca deixou de ser cobrado, pois o desembargador Munhoz Soares suspendeu, em caráter liminar, os efeitos da decisão do juiz Rômulo Russo Júnior, da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Munhoz Soares entendeu que a decisão de primeira instância feriu a ordem, a segurança e a economia públicas. Para o desembargador, havia perigo de desequilíbrio contratual entre o poder público e seus parceiros (as concessionárias).

Na sentença, o juiz Rômolo Russo Júnior considerou nulo o ato administrativo que autorizou a cobrança de pedágio nas 13 praças espalhadas pelo Rodoanel Mário Covas, trecho Oeste, em distância menor a 35 quilômetros do marco zero da capital paulista. O juiz entendeu que o ato infringiu a Lei Estadual 2.481/53.
O juiz atendeu pedido feito em Ação Popular contra o Estado de São Paulo, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado de São Paulo (Artesp), a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e a Encalso Construções. Ele condenou o Estado e as empresas a devolver todo o dinheiro arrecadado durante o período da cobrança da tarifa julgada ilegal.

O dinheiro será devolvido por meio de Ação Civil Coletiva que deverá ser proposta pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública do Estado. Os valores deverão ir para o Fundo de Interesses Difusos. Cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça.

“Torno sem eficácia legal as cláusulas contratuais firmadas no contrato de concessão onerosa que permitem a aludida cobrança, ficando afirmada a oponibilidade erga omnes, nos moldes do artigo 18 da mesma norma jurídica”, afirmou o juiz Rômolo Russo. A decisão confirma a liminar expedida em janeiro.

A cobrança de R$ 1,20 começou no dia 17 de dezembro do ano passado. Ao todo, são 13 praças instaladas nas saídas da via. O motorista paga uma única vez quando deixa o anel viário para acessar uma das rodovias pelas quais passa — Castello Branco, Bandeirantes, Anhanguera, Raposo Tavares e Régis Bittencourt — ou para o bairro paulista de Perus e a cidade de Carapicuíba.

O juiz entendeu que a cobrança do pedágio contraria o artigo 1º, parágrafo 8º, da Lei Estadual 2.481/53. Segundo a lei, “não serão instalados postos de cobrança de pedágio dentro de um raio de 35 quilômetros, contados do Marco Zero da capital”.

O juiz explicou que não há qualquer lei do estado que trate sobre cobrança de pedágio a não ser a norma de 1953. Também disse que nenhuma legislação posterior revogou o que determina o artigo 1º, parágrafo 8º, da Lei Estadual 2.481/53.

Rômolo Russo entendeu que a lei paulistana é racional e o dispositivo só pode ser alterado, dentro da harmonia dos Poderes da República, pela Assembléia Legislativa de São Paulo. Para o juiz, o administrador público deve cuidar da coisa pública a partir do cumprimento fiel da lei, mormente porque a administração deve estar a serviço do cidadão, seu destinatário, humanizando-se, de certa forma, as opções do estado-administração.

“Houve desprezo à estrita observância da lei, o que é inadmissível e é suficiente para gerar a diária imagem de viva lesão ao poder público, à moralidade pública e ao interesse coletivo dos consumidores, usuários do Rodoanel, o que, portanto, impõe a cautela de evitar-se, imediatamente, que tal conduta ilegal e imoral cause prejuízo que sobreviva contra o interesse do administrado-cidadão”, considerou o juiz.

Fonte: SETCESP

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CCR vê continuidade da desaceleração no tráfego em suas rodovias

O tráfego de veículos nas rodovias sob concessão da CCR mostra desaceleração desde o final de 2010, e com a expectativa de uma nova crise mundial a tendência é de que a principal variável do negócio da companhia continue sendo motivo de preocupação.

A redução da atividade econômica, o aumento dos juros, a desvalorização do dólar ante o real e o aumento do endividamento das famílias ajudam a explicar a desaceleração, segundo o diretor de relações com investidores da CCR, Arthur Piotto Filho.

"A tendência é continuar registrando desaceleração no crescimento do tráfego. Quem é que pode falar o contrário diante dessa situação internacional?", disse Piotto à Reuters.

No segundo trimestre, o tráfego consolidado nas rodovias sob concessão da CCR cresceu 12,3 por cento no segundo trimestre. Em bases comparáveis, entretanto, o crescimento foi de apenas 5,9 por cento, porque em outubro do ano passado a companhia adquiriu a SPVias, concessionária do interior paulista.

Piotto explica que o pior ano para a CCR em termos de tráfego foi 2009, quanto houve queda em bases comparáveis de 0,2 por cento.

"Não sabemos se a situação de hoje é pior ou mais tênue que em 2008", disse o diretor, que afirma, contudo, acreditar que as duas situações tenham a mesma gravidade. "É o tipo de coisa que temos que olhar de perto e com muita frequência."

SEM AEROPORTOS

O executivo da CCR afirmou que a companhia não deve participar dos futuros leilões de aeroportos previstos pelo governo federal. Isso porque o atual estatuto da companhia não permite este tipo de investimento. "(Concessão de) Aeroportos não está nos planos da companhia", garantiu.

Fonte: Reuters

CET reduz velocidade em mais duas vias

A CET vai reduzir o limite de velocidade de 70 km/h para 60 km/h nas avenidas Escola Politécnica e Lineu de Paula Machado, na zona oeste.

A medida passa a valer na segunda-feira. Os motoristas que desrespeitarem a determinação já serão multados pelos marronzinhos e radares da CET.

Até o final do ano, a CET vai fixar em 60 km/h o limite de velocidade em todas as vias da cidade. As únicas exceções serão as marginais Tietê e Pinheiros, avenida 23 de Maio e o trecho rodoviário da Jacu-Pêssego, no extremo leste.

Desde o início do ano, a CET já estabeleceu a velocidade de 60 km/h como limite máximo em mais de 40 avenidas e ruas. Até a avenida dos Bandeirantes terá o limite reduzido.
Apesar das críticas de muitos motoristas, a redução na velocidade pode diminuir em até 20% o número de acidentes de trânsito, segundo a CET. No ano passado, 1.357 pessoas morreram – quase metade (630) são pedestres. Em segundo lugar aparecem os motociclistas, com 478 mortes.

Para o diretor da Abramet (Associação Brasileira da Medicina de Trânsito), Dirceu Rodrigues Alves, a redução do limite máximo de 70 km/h para 60 km/h pode reduzir em até 40% o risco de morte em caso de acidente. Segundo ele, a alta velocidade é a principal causadora das ocorrências mais graves. “A alta velocidade é a maior causa de acidentes. Depois, vem o uso de álcool e o cansaço.”

Fonte: Band

Roubo de carga gera R$ 148 milhões de prejuízo em seis meses em SP

O Estado de São Paulo registra um prejuízo de R$ 148 milhões em roubo a cargas no primeiro semestre deste ano. São 3.345 ocorrências registradas - mais da metade só na capital. As zonas Leste e Norte são as regiões que concentram o maior número de crimes. É o que mostra levantamento feito pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

Dos 1.727 crimes dessa natureza registrados na capital, 549 (ou 31,8%) aconteceram na área Leste e 483 (28%), na Norte.

Houve aumento no prejuízo registrado neste ano em comparação com o mesmo período de 2010, quando foram levados R$ 136 milhões em cargas pelos criminosos. Apesar de a capital ter registrado menos casos de roubo em relação a 2010 (1.808), a Zona Leste teve aumento de 12 casos, o que representa elevação de 2,23% nas queixas (no ano passado foram 537 registros). A região Norte também apresentou aumento, de nove casos (ou 1,9%).

Fonte: IG