sexta-feira, 8 de junho de 2012

Crescem vendas de carros e caminhões


As vendas de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões novos no Brasil cresceram 11,53% em maio ante abril, para 287,59 mil unidades, favorecidas por um período de vendas mais longo na comparação mensal, informou ontem a associação de concessionários, Fenabrave.

Já em relação a maio de 2011, as vendas caíram 9,7%, enquanto no acumulado dos cinco primeiros meses de 2012, os licenciamentos recuaram 4,8%, para 1,36 milhão de unidades.

O mês de maio, que respondeu pelo segundo melhor desempenho mensal de vendas em 2012 depois do licenciamento de 300,6 mil veículos em março, teve 22 dias úteis, contra 20 em abril.

Os números foram divulgados depois que o governo lançou no final de maio um pacote de estímulo ao setor de veículos e bens de capitais com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e medidas de incentivo ao crédito.

Fonte: A gazeta

Ministro quer acelerar obras em rodovias


A cúpula do Ministério dos Transportes foi mobilizada pelo ministro Paulo Passos para tentar acelerar a licitação das obras para as rodovias federais. Ao lado do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, Paulo Passos foi cobrado de forma incisiva pela presidente Dilma Rousseff, que conta com o aumento de contratações na área de infraestrutura para dar novo estímulo às metas de crescimento previstas pelo governo neste ano.

A reação foi imediata. Segundo Passos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) irá licitar 24 mil km de obras de recuperação de estradas até o fim do ano. Esses contratos terão prazo de dois anos. Para outros 10 mil km, serão celebrados contratos mais complexos, com cinco anos de execução de obras.

O Dnit, que administra 54,5 mil km de estradas federais, tenta destravar nada menos que 30 mil km de projetos de engenharia contratados em 2008, mas que até hoje não saíram do papel devido a erros cometidos pelas empresas projetistas que venceram as licitações à época. A situação desses contratos, revelada pelo Valor na segunda-feira, foi confirmada pelo ministro.

"Na verdade, o que se observou é que os 30 mil km de rodovias que o Dnit tinha contratado em 2008, a rigor, nunca ficavam prontos. Muitas empresas que começaram a desenvolver esses projetos não entregaram, outros vieram com erros e parte não pôde ser aproveitada, porque o Tribunal de Contas da União encontrou falhas", disse Passos.

O Dnit está refazendo os projetos e começou a multar as projetistas por descumprimento de contrato. Dos 30 mil km que seriam alvo da segunda etapa do programa Crema - que prevê contratações de cinco anos -, apenas 10 mil km devem ser executados até dezembro, disse o ministro. Até o fim de 2011, a meta do Dnit era desembolsar neste ano R$ 16 bilhões em obras atreladas ao programa. Hoje, disse ao Valor Jorge Fraxe, diretor-geral do Dnit, o desembolso no ano deve ficar em torno de R$ 10 bilhões.

Passos confirmou que há uma série de licitações em andamento e outras por vir, além das obras de recuperação. A licitação de cinco lotes da duplicação da BR-381/MG é estimada em aproximadamente R$ 3 bilhões. O projeto final de engenharia dessa obra será entregue até 30 de junho. Na região Sul do país, há mais R$ 3 bilhões para entrar em fase de licitações, com intervenções em Santa Catarina (BRs 280, 101 e 470) e no Rio Grande do Sul, na BR-116.

A maior preocupação do governo, neste momento, é garantir a execução orçamentária do Ministério dos Transportes que, depois do setor de energia, acumula o maior conjunto de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Conforme apontou o Valor ontem, a pasta conta com um orçamento de R$ 17,7 bilhões para este ano, mas só executou R$ 40,5 milhões até abril.

No ano passado, a dotação orçamentária chegou a R$ 17,3 bilhões, dos quais R$ 13,7 bilhões foram executados. Desse montante, no entanto, mais de R$ 6,8 bilhões estavam atrelado a restos a pagar do ano anterior. Passos não quis fazer previsões sobre a execução de 2012, mas disse que o ministério fará o possível para garantir desempenho parecido ao de 2011.

O ministro disse ainda que o decreto que oficializa a criação da estatal Etav já está pronto e sairá até a próxima semana. A Etav, que vai administrar o projeto do trem de alta velocidade entre Rio, São Paulo e Campinas, será presidida por Bernardo Figueiredo, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O ministro afirmou que a primeira licitação do trem-bala deve ocorrer neste ano.
Outra dor de cabeça para o governo é o Ministério das Cidades, dono da área mais problemática das obras atreladas à Copa do Mundo de 2014: os projetos de mobilidade urbana. A maior parte dos empreendimentos, como já apontou o TCU, tem atrasos crônicos. Alguns, como o monotrilho de Brasília, já deixou a matriz de responsabilidade da Copa, porque não vai ficar pronto. Até o mês passado, sete das 12 cidades-sede da Copa ainda não tinham iniciado suas obras de mobilidade.

Fonte: Valor Econômico

SETCESP esclarece dúvidas sobre a regulamentação da profissão de motorista na CRH


A Lei nº 12.619, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no mês passado, entrará em vigor agora em junho e trará diversas mudanças para o setor de transporte rodoviário de cargas. A lei regulamenta a profissão de motorista e estabelece regras para o tempo de direção, a jornada de trabalho e as pausas de descanso, além de alguns itens na remuneração.

A questão tem causado dúvidas entre as transportadoras associadas e o SETCESP tem publicado em seus noticiários artigos dos especialistas sobre o assunto. Ontem, durante a reunião da Comissão de Recursos Humanos, a CRH, o coordenador Jurídico e assessor da Presidência do SETCESP, Dr. Adauto Bentivegna Filho, foi o convidado das coordenadoras Ana Garcia e Zezé Amaral para um café da manhã com os associados sobre a nova lei.

Adauto realizou uma palestra em que citou cada mudança crítica e explicou seu impacto para o dia a dia das empresas e, ao final, os participantes, que lotaram o auditório do SETCESP, puderam tirar dúvidas específicas com o advogado.

O evento foi transmitido ao vivo pela TV SETCESP e os cerca de 1000 telenautas que acompanharam a transmissão também enviaram perguntas para esclarecer os pontos da lei.

“Foi uma excelente oportunidade para saber dos nossos associados quais são os pontos que geram mais dúvidas e ajudar com nosso conhecimento. A Lei nº 12.619 muda paradigmas no nosso setor, como a questão do tempo de direção, que pode ser de até quatro horas ininterruptas, e cria a figura do tempo de espera. Tudo isso tem que ser observado com muita atenção pelos RHs das empresas para que as coisas funcionem bem”, comenta Adauto.

Fonte:  Imprensa Setcesp

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SP: ponte é implodida para abrir caminho para hidrovia


Parte dos vãos da ponte da SP-333 (rodovia Dr. Mário Gentil), em Pongaí (SP), foi implodida na tarde deste sábado para ampliar o canal de navegação do rio Tietê. A obra, que custou R$ 27 milhões, integra o Programa de Modernização e Ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná, do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) e foi iniciada ainda em 2010, com a construção de uma ponte metálica que substituirá a parte implodida.

Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a nova hidrovia será "imbatível". "Para longas distâncias, acima de 400 km, a hidrovia é imbatível. Não polui, o custo é menor e evita acidentes. Nós queremos que a hidrovia Tietê-Paraná seja a mais importante da América latina", afirmou o governador, que esteve no local acompanhando a implosão.

A obra está sendo executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). No dia 25 de maio, o tráfego foi interrompido para que a ponte metálica que substituirá parte da antiga fosse embarcada e içada para o local. A nova estrutura tem 120 m de extensão e será deslocada para os pilares externos da área implodida hoje, triplicando, dessa forma, o vão de navegação. Segundo o governo do Estado, o DER ainda fará ajustes nas juntas de dilatação e provas de carga da nova ponte. A abertura ao tráfego de veículos acontecerá no dia 25 de junho.

"Foi utilizado um novo método de engenharia. Antigamente era preciso interditar a ponte por seis meses, e agora em 15 dias vai ser liberada para o tráfego. Hoje, a barcaça para e leva uma hora e meia para passar em baixo da ponte. Agora, vai passar direto", disse Alckmin. A ampliação dos vãos da ponte da SP-333 permitirá a passagem de composições de até quatro barcaças e agilizará o tempo de viagem das embarcações em até duas horas. Segundo o governo, os custos com transportes serão reduzidos em cerca de 20%.

A obra integra o investimento de R$ 1,7 bilhão anunciado pelo governo do Estado por meio de convênio com o governo federal para modernizar e ampliar a navegação na hidrovia Tietê-Paraná no trecho paulista. Desse montante, R$ 900 milhões são provenientes do PAC 2 e R$ 800 milhões são do governo de São Paulo.

O pacote de intervenções permitirá a atração de cerca de 11,5 milhões de toneladas de cargas para a Tietê-Paraná. Em 2011, a hidrovia movimentou 5,8 milhões de toneladas de cargas como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo. De acordo com o governo do Estado, além da ponte da SP-333, as pontes da SP-425 (entre Barbosa e José Bonifácio), da Ferrovia Ayrosa Galvão (Pederneiras) e da SP-595 (Ilha Solteira, Pereira Barreto) também terão os vãos ampliados e protegidos para evitar choques com embarcações.

Fonte: Portal Terra

Frota de caminhões cresce 150,9% em 13 anos em MT


Até março de 2012 o número aumentou para 53.905, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Para o setor do transporte rodoviário de cargas, a regulamentação da profissão de motorista de transporte rodoviário de cargas e de passageiro, sancionada no dia 2 de maio por meio da Lei 12.169/2012, pela presidente Dilma Rousseff, significa a valorização do profissional e possibilita melhores condições de trabalho e saúde, apesar de elevar em 30% os custos das transportadoras. A Lei entra em vigor no próximo dia 17 de junho e foi debatida, em Cuiabá, durante o Seminário Trabalhista do Transporte Rodoviário de Cargas.

Conforme o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat), Amilton Mendonça, o segmento buscou nos Estados Unidos como era o funcionamento da Lei antes de solicitar no Brasil. Ele comenta que foram visitados estados semelhantes a Mato Grosso em questão de desenvolvimento e infraestrutura.

“A Lei é um ganho para a categoria, apesar dela encarecer os gastos das transportadoras em cerca de 30%, visto que elas terão de investir mais em estrutura para os motoristas em caso de longas distâncias, principalmente na região norte do Estado”, diz Mendonça.

Para o diretor-executivo do Sindmat, Gilvando Alves de Lima, é um marco histórico que possibilita inclusive o combate a concorrência desleal. “A lei traz os direitos e deveres do setor de transporte de cargas. Hoje, o Brasil não tem efetivo de fiscalização das empresas e muito menos sobre as embarcadoras, que as obrigará a ser mais ágeis na hora de carregar e descarregar os caminhões”. Lima salienta que o Seminário foi realizado com o intuito de mostrar ao setor as mudanças que surgirão.

Para o proprietário da Transportadora Martelli, com sede em Rondonópolis, Genir Martelli, para o empresário a lei não muda nada. Ele salienta que no caso das transportadoras é preciso incentivo para que novas empresas abram em Mato Grosso. “Sofremos com a concorrência de transportadoras do Sul do país que enviam seus caminhões para carregar em Mato Grosso. Isso para o Estado é ruim, pois eles vêm, carregam e ainda não deixam nada, nem o ICMS cobrado no litro do óleo diesel. Preferem abastecer em outros estados, porque o nosso é alto”.

BENEFÍCIO

Entre os benefícios proporcionados pela Lei 12.619/2012 aos motoristas, de acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de Mato Grosso (Fettremat) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Rondonópolis e Região (STTRR), Luiz Gonçalves da Costa, está o controle de jornada de trabalho de 8h por dia, podendo estender 2h de hora extra, 44 horas semanais; férias e 13º salário, adicional noturno de 20% sobre o salário, salário fixo, adicional por tempo de espera para embarcar e desembarcar, entre outros.

“Antes da Lei o motorista chegava a rodar de 18 horas a 20 horas sem parar. É um ganho para o profissional. O piso salarial mínimo, que venceu em 30 de abril e esperamos a lei entrar em vigor para decidir o novo, é de R$ 1,1 mil acrescido de comissão, se o motorista ficar preso na embarcadora aguardando liberação acaba perdendo essa comissão por deixar de fazer mais viagens e a legislação agora permite que ele não perca esse a mais”, diz Costa.

Fonte: Portal do Agronegócio