sexta-feira, 29 de junho de 2012

União quer recuperar 5 mil km de ferrovias


O governo vai exigir que as atuais concessionárias de ferrovias recuperem 5 mil quilômetros de estradas de ferro que estão totalmente abandonados. Ao todo, as concessionárias terão de consertar 49 trechos de malha, um conjunto de obras que poderá custar até R$ 5 bilhões. A determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atinge, essencialmente, três das 12 empresas concessionárias que controlam a malha nacional: América Latina Logística (ALL), Transnordestina Logística e Ferrovia Centro-Atlântica.
Segundo a ANTT, dos 28 mil km de ferrovia que foram concedidos na década de 1990 pelo governo, 23 mil km possuem hoje algum tipo de operação comercial, embora a maior parte dessas linhas ainda tenha grande potencial para ampliar as atuais taxas de transporte de carga.

A ANTT vai exigir a recuperação dos trechos abandonados, porque avalia que muitos desses trechos passaram a ter demanda, mas estão em situação absolutamente precária, embora as concessionárias, por contrato, tenham assumido a obrigação de manter as suas malhas em plenas condições de uso.

É o caso, por exemplo, do trecho paulista localizado entre os municípios de Pradópolis e Barretos. Nesse corredor de 131 km, diz Marcus Expedito Felipe de Almeida, gerente de transporte ferroviário de cargas da ANTT, existe hoje uma forte procura para viabilizar o escoamento de cana, açúcar e álcool. "Outro trecho que vive essa mesma situação está localizado entre as cidades de Tupã e Adamantina. São mais 72 quilômetros de ferrovia que precisam ser recuperados para atender uma demanda que já existe."

O fato de existir demanda ou não nos trechos, porém, não desobriga as concessionárias de reformar as estruturas abandonadas, segundo Fábio Coelho Barbosa, gerente de regulação e outorgas ferroviárias de cargas da ANTT. "A regularização da malha é uma exigência e isso não se discute. Ela terá que ser feita. Depois veremos se a concessionária tem interesse ou não em oferecer serviço logístico naquele trecho. Isso é outra discussão. E caso ela não queira a malha, a ferrovia ficará a total disposição do mercado", diz Barbosa.

A exigência de reformar 5 mil km de ferrovia poderia levar as concessionárias à decisão de, simplesmente, devolver esses trechos que não são utilizados. Para isso, no entanto, precisam pagar uma indenização que, pelos cálculos da ANTT, pode atingir o mesmo custo de recuperação da malha. "Estamos tomando todos os cuidados para garantir a viabilidade da ferrovia. Se a empresa quiser entregar o trecho, ela até pode, mas tem que pagar pelo custo de reforma. Não tem como escapar", diz Almeida.

A ANTT chegou a calcular, por exemplo, a devolução dos 334 quilômetros que ligam Barão de Camargos (MG) e Lafaiete Bandeira (MG), malha controlada pela Ferrovia Centro-Atlântica. Chegou-se à conclusão que a indenização atingiria R$ 600 milhões. "É praticamente o preço de recuperar a infraestrutura", diz Almeida. Nos cálculos da agência reguladora, cada quilômetro de malha a ser recuperada vai custar entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão.

As imposições feitas às concessionárias fazem parte de uma série de mudanças que a ANTT prepara para o setor. A agência está prestes a mexer numa das áreas mais sensíveis do atual modelo de transporte de carga: as metas de transporte, as quais levam em conta o peso total da carga transportada por ano.

Pelo regimento que esteve em vigor até o ano passado, as concessionárias precisavam apresentar apenas uma meta de transporte, que se atrelava à extensão total de sua malha. Isso significa que bastava somar tudo o que foi transportado e dividir esse volume pela quilometragem total da malha concedida para chegar a uma média, embora se soubesse que a maior parte dessa carga trafegou em apenas alguns trechos da ferrovia.

O resultado prático dessa realidade é que, com a incapacidade da ANTT de fiscalizar todas as operações, as concessionárias atingiam a meta que haviam proposto, deixando de dar qualquer tipo de manutenção naqueles trechos que não utilizaram. "Agora isso acabou", diz Barbosa. "O modelo atual passou a exigir uma meta de transporte por trechos. Agora vamos saber exatamente o que está acontecendo em cada ponto da ferrovia."

Ao fatiar as estradas de ferro, a ANTT quer incentivar a entrada de outras empresas interessadas em aderir ao transporte pelos trilhos, situação que incomoda as atuais concessionárias, que até agora detêm a exclusividade das malhas que assumiram. A agência já tem nas mãos um levantamento detalhado da movimentação atual de cargas feitas em cada trecho das ferrovias concedidas. Esse material, que foi elaborado pelas próprias concessionárias, será agora confrontado com levantamentos internos da ANTT.

Em até 60 dias, diz Almeida, a agência divulgará quais serão as metas de transporte de cada trecho que as concessionárias terão de cumprir entre 2013 e 2017. Se uma concessionária não bater a meta estipulada, pode sofrer multas pesadas e, na persistência dos problemas, pode até ter a concessão cassada pela agência reguladora.

Fonte: Valor Econômico

Brasil precisa abrir os portos para evitar apagão logístico


As manchetes destacaram o caos dos dois principais portos de carga do país, Santos e Paranaguá. O problema não é novo, como aqui registramos em março de 2011.

Mas o apagão portuário é invisível para a população, enquanto nos aeroportos fotografa bem -pessoas dormindo no chão, passageiros vociferando contra funcionários inocentes.

Os prejuízos são grandes. Há dias, existiam cerca de 80 embarcações em espera em cada um desses portos. Os navios graneleiros pagam aluguéis de US$ 40 mil por dia.

Isso rebaixa os preços para os produtores que exportam (como os do agronegócio) ou aumenta para os que importam (como fertilizantes), encarecendo a produção, reduzindo a renda, afetando a competitividade e obrigando o governo a prover recursos para a produção.

Em 1993, nosso sistema portuário passou por uma revolução, quando foi aprovada a lei 8.630, a chamada "lei de modernização dos portos". Avançou, mas não esgotou as reformas necessárias, como a solução de problemas de trabalhadores que perderam as condições físicas ou os passivos trabalhistas.

A lei teve a grande virtude de privatizar as operações e de normatizar as principais estruturas de operação, criando duas figuras notáveis: os terminais públicos e os privativos. Os públicos tiveram a simples transferência de gestão para o setor privado, mediante licitação.

Quanto aos privativos e que não envolvem patrimônio construído pelo governo, o tratamento foi totalmente diferenciado, bastando uma autorização para que a iniciativa privada investisse por sua conta e risco, aliviando as tarefas de investimento e gestão públicas.

O resultado da nova lei permitiu que os portos crescessem em produção e em produtividade, e que as relações de trabalho se dignificassem.

Entretanto, alguns operadores encastelados nos portos públicos forçaram situações, pressionando para que a Antaq estabelecesse restrições ilegais à expansão desses terminais.

As pressões se agravaram até que, através do decreto nº 6.220/2008, que também fere a Lei dos Portos, se estabeleceu uma instabilidade jurídica que inibiu investimentos essenciais ao país, os quais somam muitos bilhões de reais e levam cerca de sete anos para serem implantados.

Vários setores de exportação do agronegócio estão perdendo oportunidades de mercado e de busca de riquezas para irrigar nossa economia por não terem alternativas competitivas de embarque.

Tramita no Senado o projeto de lei nº 118/11, que visa corrigir e pacificar interpretações sobre a Lei dos Portos, permitindo à iniciativa privada investir por conta e risco, eliminando o problema.

A CNA e a CNI estão unidas pela sua aprovação, pois existem recursos para investimentos em todo o mundo.

Captá-los e usá-los é uma forma inteligente de enfrentar a crise internacional e defender a nossa economia.

O colapso portuário que estamos enfrentando não tem solução "de prateleira" e nos obriga a pelo menos duas reflexões: é justo para a sociedade brasileira prejuízo tão grande? Até quando a soberania nacional prevalecerá diante das necessidades de um mundo faminto e de interesses antinacionais?

A solução está nas mãos do governo. Basta mandar aprovar o referido projeto ou revogar o decreto 6.620, o do fechamento dos nossos portos.

Luiz Antonio Fayet, economista e consultor em logística

Fonte: folha de S.Paulo

Ipem-SP reprova 26% de 470 caminhões e ônibus de passageiros


Durante uma operação especial que examinou o instrumento de veículos de carga e de passageiros em rodovias e empresas de transporte de todo o Estado, o Ipem-SP reprovou 124 (26,4%) dos 470 fiscalizados, a maioria pela falta do certificado de verificação.

Obrigatório em caminhões que transportam produtos perigosos, ônibus escolares, coletivos de passageiros e veículos de carga que transportem acima de 4.563 quilogramas, o cronotacógrafo é considerado a “caixa-preta”, pois registra dados importantes como distância percorrida, pontos de parada, respeito aos limites de velocidade e tempo de direção sem paradas.

Emitido pelo Ipem, o certificado é válido por dois anos e precisa ser renovado a cada manutenção do equipamento. “O mais preocupante é que os números da ‘Operação Cronotacógrafo’ revelam a imprudência por parte dos motoristas e transportadoras, dada a importância do aparelho para a segurança nas estradas.

Muitos rodam com o instrumento irregular, ou seja, sem lacre e etiqueta do Inmetro, com certificado de verificação vencido ou até mesmo inexistente”, analisa José Tadeu Rodrigues Penteado, superintendente do Ipem-SP.

Os infratores terão dez dias para apresentar defesa à autarquia, que, depois desse prazo, a multa varia entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão, dobrando na reincidência.

Fonte: A Tribuna

CCR NovaDutra oferece médico de graça para caminhoneiros


Os caminhoneiros que trafegarem pela Via Dutra na região de Guaratinguetá (SP), hoje (quarta, 27/06) e amanhã (28), poderão participar do Programa Estrada para a Saúde, que acontece no posto de serviços Graal Três Garças. A ação é promovida pela CCR NovaDutra e oferecerá exames de saúde gratuitos aos profissionais do caminhão, das 15h00 às 21h00. O posto localiza-se na altura do km 58,6, da pista sentido SP da Dutra.

Nos dois dias do Programa, serão realizados exames clínicos, avaliação de risco cardíaco, exame de colesterol, teste de diabetes, teste de visão, aferição de pressão arterial, corte de cabelo, atendimento médico e vacinações.

Além dos exames, o caminhão poderá passar por um check up automotivo gratuito. O Programa Estrada para a Saúde também conta com a parceria da empresa de manutenção preventiva de veículos CAMINHÃO 100% e CARRO 100%, que realiza a verificação do sistema de freios, suspensão, pneus, faróis, além de outros itens de segurança dos caminhões.

Para esta edição do Programa Estrada para a Saúde, a CCR NovaDutra conta com as parcerias do Posto Graal Três Garças, Fatea – Faculdades Integradas Thereza D’Àvila, Secretaria Municipal de Saúde de Guaratinguetá, Caminhão 100% e Polícia Rodoviária Federal.

O Programa Estrada para a Saúde
Evento: Programa Estrada para Saúde
Local: Posto Graal Três Garças, km 58,6 da Via Dutra, sentido São Paulo, Guaratinguetá (SP).
Data: Quarta e quinta-feira (27/06 e 28/06)
Horário: 15h00 às 21h00

Fonte: Baragai

Pedágios sobem até 4,98% no domingo em SP


Quem costuma viajar deve preparar o bolso: as tarifas dos pedágios serão reajustadas a partir de domingo em todas as rodovias estaduais de São Paulo. Os novos valores serão anunciados nesta quinta-feira ou amanhã pela Artesp (agência que regula os transportes no Estado), mas o aumento será de até 4,98%, A correção é aplicada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado de junho de 2011 a maio deste ano.

Aplicado esse índice, a tarifa no trecho Oeste do Rodoanel, por exemplo, passará de R$ 1,40 para R$ 1,47. Até o ano passado, o governo usava dois índices na correção: IPCA e IGP-M, nas rodovias com contratos de concessão assinados antes de 1998.

Como a diferença entre os dois índices cresceu muito, o governo deve usar um único índice que, segundo a Artesp, estava sendo estudado ontem. Nas rodovias em que o IGP-M for o índice adotado, o reajuste ficará em torno dos 4,26%. Desde junho, o governo está testando um sistema de pagamento de pedágio por trecho percorrido, que deve baratear os custos para os motoristas.

O sistema está em operação na praça do km 60,8 da Rodovia Santos Dumont (SP-75), em Indaiatuba, no interior de São Paulo.
 
Fonte: Band.com.br