quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Segmento de caminhões vive ano fraco e atípico


Enquanto os carros alcançaram recorde de vendas no Brasil, o segmento de caminhões vive um ano atípico. Os emplacamentos caíram 30,89% em agosto, na comparação com um ano atrás, de acordo com dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgados na última terça-feira (4). A previsão da entidade para este ano é de que a venda de caminhões caia 19%, para 139.853 unidades.

O mau ano para esse segmento também foi destaque na divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre deste ano – que cresceu 0,4% ante o trimestre anterior. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considerou um "freio" no crescimento industrial o setor de máquinas e equipamentos, o que inclui, pela classificação do instituto, a produção de caminhões.

O comércio desse tipo de veículo é considerado um termômetro da produção do país, já que a maior parte das compras de caminhões é voltada para o transporte do que as fábricas entregam, da produção agrícola e da construção civil.

Ao falar sobre 2011, o presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti, lembra o ano em que as vendas de caminhões tiveram um ritmo além do normal. Isso porque muitos clientes decidiram antecipar as compras - e, consequentemente, as montadoras aumentaram o ritmo de produção - para garantir veículos com padrão anterior ao novo Euro 5, exigido pelo governo brasileiro para motores a diesel a partir de janeiro deste ano. Em outras palavras, os frotistas quiseram garantir a compra de veículos mais baratos.

Na análise da Fenabrave, o que mais afetou o setor de caminhões foi a antecipação "surpreendente" de compra. "Isso foi o que pesou de verdade, nem foi o crescimento mais lento do PIB do país", destacou Meneghetti nesta segunda-feira, ao anunciar os dados do setor de agosto. Na visão da Fenabrave, o setor tende a se recuperar no próximo ano.

Alta nos preços e demissões

A tecnologia, menos poluente, resultou em significativo aumento de preço para os caminhões. A Ford diz que a alta foi entre 6% e 12%, variando conforme o modelo. A Iveco fala em 8% a 15% e a Scania, em 10% a 15% de alta, destacando que "foi a líder dos emplacamentos de caminhões pesados Euro 5 de janeiro a julho de 2012", com 3.275 unidades, "volume que representou quase 35% do total de 9.275 unidades Euro 5 emplacadas pelo mercado no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam)".

"A maioria dos frotistas antecipou a compra de caminhões entre o fim do ano passado e início deste ano. As próprias montadoras passaram a produzir mais em 2011 para encher os estoques de produtos 'mais acessíveis'", resume Rebeca de La Rocque Palis, do IBGE.

Os emplacamentos no segundo trimestre começaram com a queda de 9,19% em abril, sobre o mesmo período do ano passado, acentuada para 27,6% em junho, na mesma comparação. A produção ficou 23,4% abaixo de 2011 em abril e chegou à queda de 55,8% em junho, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O ritmo menor refletiu nas relações de trabalho. Em julho, a Volvo demitiu 208 de 574 trabalhadores temporários no Paraná "devido à significativa queda nas vendas nos primeiros meses deste ano". Na última sexta, a Mercedes-Benz anunciou que pararia a produção em São Bernardo do Campo (SP) por um dia, para ajuste da produção à demanda. A expectativa da montadora é de que o mercado brasileiro de veículos comerciais sofra queda de 20% nas vendas deste ano.

Ritmo da economia também conta

Para o economista Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), a baixa na produção de caminhões não pode ser creditada apenas à antecipação das compras. "[O setor] tem uma característica que é depender da atividade econômica", destaca. "Acho que a economia atualmente vende essa ideia de incerteza total."

Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, concorda que o segmento acompanha muito o crescimento da economia em si e depende da produção industrial, lembrando que as compras de caminhões, pelo alto valor, são sempre planejadas com bastante antecedência, diferente da compra de um carro, por exemplo. "É quase um bem de capital".

Leite acredita que, com o aumento de investimentos, incentivados pelo governo, o segmento deve se recuperar em seis meses.

Na última quarta-feira (29), ao anunciar a prorrogação do IPI para carros, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também divulgou a decisão do governo de estender para até o final do ano o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, com redução dos juros para a compra de bens de capital e caminhões de 5,5% para 2,5% ao ano.

Renovação no porto de Santos

O porto de Santos (SP) receberá o programa inicial para a renovação da frota de caminhões no país e, assim, estimular a compra de veículos novos, especialmente por autônomos. O governo estadual prevê financiamento de mil caminhões com taxa zero para os veículos pesados que circulam no porto. As linhas de financiamento serão operadas pela Nossa Caixa Desenvolvimento, com recursos de R$ 45 milhões para equalizar os juros, que seriam de 5,5% ao ano pelo programa Procaminhoneiro.

De acordo com Marco Antônio Saltini, vice-presidente da Anfavea e diretor de relações governamentais e institucionais da MAN Latin America, as reuniões com fabricantes devem começar neste mês e o pagamento poderá ser dividido em até 96 meses.

Segundo ele, os donos de caminhões que comprovadamente trabalham no porto poderão negociar o custo de seus veículos como sucata. Dessa forma, cria-se uma garantia de que os veículos não continuarão em circulação e nem terão peças reaproveitadas por desmanches.

Saltini ressalta que os volumes de caminhões comercializados no país neste ano, ainda que fiquem abaixo de 2011, são significativos e superam e muito os da década de 1990, que eram em torno de 60 mil.

Para o executivo, o grande desafio é descobrir de quanto é, de fato, o mercado brasileiro de caminhões em volumes. "Há caminhões comercializados no fim do ano passado que seguiram para as implementadoras e foram emplacados apenas em abril, por exemplo. Ou seja, a queda é ainda maior nos últimos meses. Basta ver pela baixa de 45% na produção", observou o executivo no último Congresso da Fenabrave, no mês passado, em São Paulo.

Fonte.: G1

Maioria dos motoristas aprova pedágios na BR-116


Três em cada quatro motoristas que usam a BR-116 são favoráveis ao pagamento de pedágio, segundo estudo contratado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Levantamento feito com 47.537 caminhoneiros e condutores de automóveis mostra que somente 22,2% rejeitam a ideia de concessão, enquanto o restante dos entrevistados concorda em pagar para trafegar por uma rodovia em melhores condições.

Em média, os motoristas estão dispostos a pagar R$ 0,04 para cada quilômetro rodado, o que sugere pagamento de R$ 32,64 para automóveis transitarem por toda a extensão da Rio-Bahia, como é conhecido o trecho que corta Minas ligando os dois estados. O valor é o dobro do cobrado na Fernão Dias (BR-381, entre BH e São Paulo), onde, por quilômetro, são cobrados R$ 0,02.

Ontem foi realizada em Belo Horizonte a primeira audiência presencial para a concessão da rodovia. O evento faz parte da Audiência Pública 127, que tem o objetivo de tornar público e colher sugestões e contribuições aos estudos de viabilidade técnica e econômica para concessão da BR-116. Pela internet, é possível fazer contribuições até 21 de setembro. Nos próximos dias, devem ser disponibilizadas as atualizações dos estudos referentes à BR-040.

As duas rodovias mineiras devem ser as primeiras concedidas dentro do Plano Nacional de Logística. A expectativa do governo federal é fazer o leilão das duas em janeiro e iniciar as obras ainda no primeiro semestre do ano que vem.

Ao todo, devem ser investidos R$ 5,67 bilhões nos 25 anos de concessão para duplicação, manutenção e operação dos 817 quilômetros da Rio-Bahia, sendo a maior parte nos cinco primeiros anos, período que deve ser feita a duplicação do trecho.

Como anunciado pela presidente Dilma Rousseff no lançamento do Plano Nacional de Logística, as BRs incluídas no pacotão devem estar duplicadas até o quinto ano de vigência do contrato. No caso da 116, 20% devem estar concluídos em 2014; 45% em 2015; 30% no ano seguinte e o restante até 2017. Assim, a cobrança começaria em 2014.

O estudo mostra que o mais rentável seria a construção de oito praças de pedágio equidistantes. Foram feitas simulações com a implantação de oito a 12 praças. Além do retorno financeiro, o número reduzido de postos de pedágio também facilita o trânsito de moradores das regiões, que podem percorrer trechos mais longos sem pagar tarifa. A primeira estaria situada em Medina e, na sequência, haveria uma a cada 102 quilômetros, em Caraí, Itambacaré, Governador Valadares, Ubaporanga, São João do Manhuaçu, Muriaé e Além Paraíba.

Tarifa justa - Entre os condutores de automóveis, a tarifa média ponderada entre os entrevistados é de R$ 0,04 por quilômetro. Como a BR tem 817 quilômetros de extensão em Minas e o mesmo estudo mostra que o ideal seria a instalação de oito praças de pedágio e o valor cobrado deve ser igual para todos os postos, a tarifa seria de R$ 4,08. No caso de caminhões, eles estariam dispostos a pagar, em média, R$ 0,149 por quilômetro. Assim, com base no número de eixos, devem ser estipulados 13 valores de pedágio, variando de R$ 4,08 para automóvel, caminhonete e furgão a R$ 36,40 para veículos especiais com nove eixos. 
Um carro leve que cruzar a estrada desde o encontro com o Rio até a divisa baiana terá que pagar R$ 32,64.
No comparativo com a Fernão Dias, o valor médio pago por quilômetro rodado será duas vezes maior, o que pode ser justificado pelo fato de a concessionária contratada para a BR-116 ser obrigada a fazer a obra da rodovia, enquanto, no caso da BR-381, as melhorias entre BH e São Paulo foram feitas pelo governo federal, ficando a empresa obrigada a custear apenas a operação e a manutenção. Sob essa ótica, como a BR-040, a 050 e 262 têm segmentos já duplicados, a tendência é de que as tarifas das outras BRs incluídas no plano de concessões sejam mais baratas.

Qualidade vai compensar preço - Mesmo diante da necessidade de pagar a tarifa de pedágio, a Federação das Empresas de Transportes de Carga de Minas Gerais (Fetcemg) se diz favorável à concessão diante da incapacidade do governo federal de investir na duplicação e manutenção das rodovias. “Não vejo alternativa. Hoje, o país não tem dinheiro para cobrir o desenvolvimento necessário para se ter um crescimento sustentável”, afirma o presidente da Fetcemg, Vander Francisco da Costa, que considera razoável o preço sugerido para o pedágio. “Se for o dobro da Fernão Dias, ainda está barato”, diz.

Na avaliação do empresário, a duplicação da BR-116 deve provocar uma mudança no trânsito de caminhões, principalmente aqueles carregados de produtos industrializados. Costa afirma que, desde a duplicação da Fernão Dias, os caminhões que partem de São Paulo e Paraná preferem evitar a Rio-Bahia, mesmo tendo que rodar mais, e a consequência imediata dessa reopção de trajeto deve ser o desenvolvimento dos municípios situados às margens da BR-116. “Vai criar condição de desenvolver uma região bastante pobre. Mais infraestrutura leva a mais atratividade”, afirma o presidente da Fetcemg, que aponta a obra na BR-116 como a mais importante do pacote de concessões, uma vez que as BRs 040 e 262 já contam com importantes trechos duplicados, enquanto a BR-116 é de pista simples em toda a sua extensão.

Ele recorda o efeito que a duplicação da Fernão Dias teve no Sul de Minas, com aumento de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS), e afirma que por Minas ter sido contemplada com a duplicação de cinco rodovias, além da BR-381 (trecho entre BH e Governador Valadares), que deve ser reformado pelo governo, a economia do estado deve ser bastante reforçada.

O especialista em transporte e trânsito da Universidade Fumec, Márcio Aguiar, cita outro benefício: a redução do custo do transporte. Por aumentar a fluidez do transporte de carga, a tendência é que os caminhões consigam trafegar por um trecho mais longo em um tempo menor, facilitando desde o transporte de automóveis até o turismo. “É uma rodovia tronco-comercial de grande importância para o país e seu desenvolvimento atrai mais indústrias para o entorno”, afirma o professor. Ele faz ainda duas importantes considerações: “A duplicação vem com atraso de três décadas e a obra da BR-381 é de importância essencial para os mineiros, principalmente para os que moram na capital e acessam a Rio-Bahia rumo ao litoral somente depois de cortar o trecho da Rodovia da Morte até Governador Valadares”.

Além da melhoria na qualidade do asfalto da rodovia e sua duplicação, a estrada passará a contar com uma série de equipamentos de segurança, com a instalação de radares, balanças, câmeras e telefones a cada trecho de um quilômetro. Haverá também ambulâncias para atendimentos máximos a cada 15 minutos.
Fonte.: Estado de Minas

Agetop restringe tráfego de caminhões no feriado


Caminhões de carga superiores a três eixos não poderão circular nos trechos de pista simples das rodovias de acesso às principais cidades turísticas nesta sexta-feira, dia 7, no sábado, dia 8 e no domingo, dia, 9, das 7 às 20 horas. A decisão é da Agência Goiana de Transportes e Obras, visando facilitar o tráfego de veículos de passeio, minimizar as ocorrências de acidentes e garantir a integridade física dos usuários na malha viária goiana no feriado.

O Comando de Policiamento Rodoviário fará a fiscalização e o motorista que descumprir a determinação receberá multa e registro de infração média na carteira de habilitação.

As restrições atingem as rodovias e trechos:
GO-020 - Goiânia/Bela Vista/Pires do Rio;
GO-217 - BR-153/Piracanjuba/Caldas Novas;
GO-139 Caldas Novas/Corumbaíba/divisa Goiás com Minas Gerais;
GO-139 - entroncamento GO-020/Cristianópolis/entroncamento GO-217;
GO-330 - Pires do Rio/Catalão/Três Ranchos;
GO-431 BR-153/Pirenópolis;
GO-338 - entroncamento BR-060/Abadiânia/Planaltina/Pirenópolis;
GO-225 - encontrocamento BR-414/Corumbá/Pirenópolis;
GO-070 - Inhumas/Itaberaí/Cidade de Goiás.
Fonte.: Radio Rio Vermelho

Roubo de cargas diminui na Região


O número de roubos de carga nas rodovias do Alto Tietê diminuiu 7% entre junho e julho deste ano. Já no acumulado dos sete primeiros meses de 2011 e 2012 houve aumento de 2,7%. Itaquaquecetuba lidera com 36 ocorrências no período. Mogi- Dutra (SP-88) e Ayrton Senna (SP-70) são as vias que mais apresentam casos do tipo. A Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo afirma que já realiza ações repressivas na Região.

Os dados são da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) e mostram que de um mês para o outro houve queda de 14 para 13 ações. No saldo geral, entre janeiro e julho foi registrado crescimento 109 para 112 de 2011 para 2012.

Suzano, no terceiro lugar no Alto Tietê, registrou o aumento mais exorbitante de junho a julho: de uma para cinco ocorrências. O crescimento beira os 400%. Quem lidera, porém, é Itaquá, que de janeiro a julho teve 36 roubos registrados. Entre o sexto e o sétimo mês deste ano, a Cidade manteve quatro ocorrências do gênero.

Santa Isabel está em segundo lugar na Região. Foram 23 ações criminosas do tipo em sete meses. No mesmo período do ano passado aconteceram 15 roubos, o que revela um aumento de 53%.

Em quarto está Ferraz de Vasconcelos, com 17 casos no acumulado deste ano ante 9 no ano passado. Mogi das Cruzes ocupa a quinta colocação, com aumento de 3 para 6 ocorrências de 2011 para 2012. Entre junho e julho, porém, houve decréscimo de 50%.

Fonte.: Diário de Mogi