sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Obras podem aliviar problemas de transporte na Baixada Santista


Os constantes problemas com o transporte na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, podem chegar ao fim com início de obras nas estradas da Baixada Santista. Pelo menos essa é a expectativa de quem sofre com o trânsito cada vez mais complicado. Uma reunião realizada nesta quarta-feira (26) em Santos, no litoral de São Paulo, discutiu obras e projetos de acesso ao Porto de Santos.

Se tem muita carga para sair e chegar ao porto, o resultado é quase sempre o mesmo. Estradas lotadas, e horas de espera no trânsito. O problema se reflete dentro da cidade. Tudo isso porque grande parte do que vem para o Porto de Santos é transportado por caminhões.

Mas esta realidade pode mudar. É o que acredita o secretário de logística e transporte do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, com a implantação da hidrovia Tietê-Paraná. A carga deverá vir pelo Rio Tietê até as cidades de Salto e Artemis. Depois será transferida para os trens e então trazida para Santos.

O secretário falou também sobre o túnel ligando Santos a Guarujá. “A primeira vez que se faz isso no Brasil, por isso que há um consultor internacional. A gente acredita que no decorrer desse ano terminar a questão dos impactos ambientais. Acho que foi a melhor opção. E a ideia é iniciar a obra em 2014”, diz Saulo.

Mas o problema ainda está concentrado nas rodovias. Por isso obras de grande porte serão feitas também. O viaduto do Casqueiro, que hoje é um dos grandes gargalos viários, vai passar por alterações. De acordo com o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Clodoaldo Pelissioni, um novo viaduto deve ser construído. “São duas obras. Uma já está licitada, que é uma nova ponte sobre o canal do Barreiro, melhorias na pista e ciclofaixa. A outra são dois viadutos duplos na chegada a São Vicente para eliminar os seis faróis que existem ali. Nós deveremos licitar a obra em outubro, estamos terminando o processo de licenciamento ambiental. No início do ano que vem pretendemos iniciar a obra”, disse.

Pelissioni também falou de novidades na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na ligação com a Via Anchieta. “Faremos um novo trevo de acesso ao Porto e mais 8km de terceira faixa em cada um dos lados da Cônego. Essas obras estão previstas para iniciar em outubro, com conclusão em 18 meses”.

Com relação ao problema crônico da entrada de Santos, o Secretário Estadual de Transportes não apresentou nenhuma solução por enquanto. Só disse que há um projeto da prefeitura que ainda precisa ser estudado.

Fonte.: G1

Infraestrutura logística é desafio para crescimento das exportações, diz AEB


A recuperação da Europa ante a crise internacional e a manutenção do crescimento econômico na China são dois elementos, na área externa, que o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, considera essenciais para a evolução do comércio exterior brasileiro. No campo interno, os principais desafios envolvem a questão da infraestrutura logística e a realização das reformas tributária, previdenciária e trabalhista.

A AEB promove hoje (27) e amanhã no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, o 40º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2012). Empresários e representantes do governo vão debater propostas para um comércio exterior sustentável.

Em entrevista à Agência Brasil, Castro disse que o fato de as exportações dependerem em cerca de 70% de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado exterior) faz com que elas “flutuem ao sabor do bom humor econômico do mercado internacional, mais especificamente da China”. 
Por isso, acrescentou, enquanto a China e a Europa mantiverem o bom humor, o cenário será favorável ao Brasil. “O que não pode é o bom humor mudar de repente para mau humor, principalmente a China, que é a grande compradora e influencia os mercados como um todo”. Segundo Castro, se esse cenário perdurar, o comércio externo do Brasil deve apresentar bons resultados, “numericamente”.

Ele defendeu a necessidade de que o quadro da China seja acompanhado porque, mês a mês, a economia chinesa tem registrado redução no crescimento. “E para o Brasil, o crescimento da China é fundamental”. Os Estados Unidos, embora sejam um mercado muito grande, são, na verdade, concorrentes do Brasil, na medida em que exportam soja, milho, carnes, açúcar, produtos também vendidos pelo nosso país. “Para nós, é muito importante que a Europa consiga se recuperar e a China mantenha o ritmo que tem hoje”.

O debate sobre o futuro do comércio exterior brasileiro resultou em mais de 3,2 mil participantes inscritos para o Enaex 2012. “O brasileiro está buscando informações. Está ansioso para ver o que vai acontecer este ano e nos próximos, principalmente”. Segundo Castro, o comércio exterior afeta a todos, direta ou indiretamente, englobando empresas de todos os tamanhos. “Eu sempre digo que comércio exterior hoje não é uma opção. É decisão estratégica de uma empresa. No mundo globalizado, se eu não for ao exterior combater o concorrente, ele virá. Então, tenho que estar sempre preparado para enfrentá-lo, aqui ou lá fora”.

Castro advertiu que no ambiente interno começou a acender uma luz de maneira mais forte. “A decisão [do governo federal] de investir R$ 133 bilhões em logística é ótimo passo. A criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) é um grande avanço. Só o fato de passar a pensar o problema já é um caminho”.

Ele disse que aguarda medidas na área de infraestrutura portuária, que também representarão um avanço. “Porque todos nós sabemos que um dos grandes gargalos do Brasil é a infraestrutura portuária”. Castro avaliou que concessões ao setor privado nessa área aumentariam a concorrência e provocariam redução de custos. “É exatamente o que precisamos para tornar os produtos manufaturados mais competitivos”.

O presidente em exercício da AEB destacou que essas medidas mostram que é possível o Brasil fazer o dever de casa e gerar competitividade interna. “Existem fatores hoje que nos levam a ter esperança. E ela está se tornando mais clara”. Ele estimou que as exportações levarão o comércio exterior brasileiro a ter um superávit entre US$ 12 bilhões e US$ 14 bilhões este ano, em razão da queda observada nas importações. Para as exportações, o resultado esperado é US$ 237 bilhões.

Fonte.: Agência Brasil

Caminhão é trocado pelo trem no transporte de açúcar


Cerca de 42 mil viagens de caminhões carregados de açúcar deixaram de ser feitas entre Ribeirão Preto e Santos desde o início da safra deste ano, em maio, devido à substituição do transporte rodoviário pelo ferroviário.

A estimativa é da assessoria de imprensa da Copersucar, comercializadora de açúcar e etanol que inaugurou em março desse ano as novas instalações do Terminal Multimodal de Ribeirão Preto.

O Terminal recebe o alimento de caminhões vindos de usinas da região.

A partir dessa estrutura, o alimento feito da cana-de-açúcar segue para o Porto de Santos por meio de composições ferroviárias.

Desde o início da atual safra, o terminal movimentou 500 mil toneladas de açúcar, conforme a assessoria.

Ambiente

Além da redução de combustível, a retirada dos caminhões gerou benefícios ambientais, como a menor emissão de gases poluentes, além de contribuir para maior segurança e mobilidade no trânsito rodoviário e urbano.

O terminal é parte do montante de R$ 2 bilhões que a empresa investe em projetos de logística até 2015.

A estrutura da companhia permitiu a intensificação do uso da ferrovia para escoamento da produção de açúcar até o Porto de Santos, por meio da "Pêra Ferroviária", necessária para aperfeiçoar o escoamento em larga escala de produção, com a eliminação de manobras dos vagões para o carregamento do produto.

Fonte.: Jornal da Cidade

Pausa de caminhoneiro tira 30% da produtividade do agronegócio


Com a nova legislação que estipula regras para o descanso de caminhoneiros - suspensa por até 180 dias para que seja realizado um mapeamento das rodovias federais - a produtividade do setor de agronegócios com operações que dependem do transporte rodoviário deverá cair 30%, segundo estimativas divulgadas na quarta-feira (26) pela operadora Luft Agro durante o Global Agribusiness Forum, evento que reúne empresários, especialistas e representantes da cadeia produtiva agrícola em São Paulo (SP).

Com as novas regras - que deveriam passar a valer no início deste mês e estipulam descanso de 30 min a cada quatro horas trabalhadas, intervalo mínimo de 11h, entre outras, sob pena de multa de R$ 127,69 mais a perda de cinco pontos na carteira de habilitação - a empresa de logística estima que o agronegócio será diretamente afetado. "O impacto será severo, 30% é o estipulado para quem já trabalhava de acordo com as regras, então, vigentes", disse Luciano Luft, da Luft Agro. "Para aqueles que dirigiam 20h por dia, a perda será de 50%".

De acordo com ele, atualmente, o País possui 1,9 milhão de caminhões em operações - o que resultaria em uma "perda" de 570 mil caminhões em atividade. "Temos de pensar em soluções conjuntas, até hoje, cada um (do setor da agricultura) pensou no seu próprio negócio", disse.

"Temos de nos organizar e este é o momento de reescrevermos a logística - trens e hidrovias são opções aos caminhões", afirmou.

Seguindo o posicionamento, Julio Fontana, presidente da Rumo Logística, afirmou que há investimentos sendo feitos em ferrovias no País e na resolução dos "gargalos" em portos, como o de Santos. "No ano passado, metade do açúcar exportado chegou aos portos por meio de trens", afirmou.

Fonte.: Terra

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Duplicação de rodovia traz confusão no trânsito em Araçatuba, SP


A duplicação da rodovia Eliézer Montenegro Magalhães, em Araçatuba (SP), tem trazido dor de cabeça e riscos de acidentes para os motoristas. Isso porque o trecho urbano dela está totalmente interditado e quem passa por ali reclama da confusão dos quatro desvios feitos, que atravessam outras estradas, inclusive vicinais.

Cinco quilômetros de pista, nas duas faixas, estão interditados no trecho da rodovia que passa por Araçatuba. As obras de duplicação devem terminar até o fim do ano. A sinalização facilita o fluxo de veículos, mas nem sempre isso é o suficiente.

À noite os motoristas precisam redobrar a atenção. Cones iluminados foram instalados para evitar acidentes e, em alguns trechos da pista, há perigos. Durante as obras existem quatro rotas diferentes e uma delas tem nove quilômetros a mais.

Para os motoristas que seguem no sentido Bilac/Araçatuba, o desvio passa por uma estrada vicinal, pela rodovia Marechal Rondon, uma rua de um bairro residencial para então voltar para a Eliézer Montenegro. Quem enfrenta o trecho todos os dias reclama da confusão.

Já para quem está no lado oposto da obra, no sentido Jales/Araçatuba, o desvio também é feito por duas estradas diferentes, além de uma avenida. Em dias de chuva forte, tudo fica ainda mais complicado. “Nós estamos orientando os motoristas, fiscalizando junto ao DER a construtora que está fazendo as obras. Auxiliando e apontando possíveis erros para melhorar a sinalização e não ter nenhum problema para os motoristas”, afirma o tenente Eleutério Garcia, da Polícia Rodoviária Estadual.

O Departamento de Estradas de Rodagem informou em nota que o local está bem sinalizado, e que conta com funcionários para orientar os motoristas. O DER decidiu não liberar uma das pistas para não prejudicar o trânsito dentro da cidade. A obra completa só deve ficar pronta em junho do ano que vem.

Fonte.: G1