sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Projeto de duplicação da PR-323 prevê instalação de quatro pedágios




O Governo do Paraná aprovou um projeto para a duplicação da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves, no noroeste do Paraná, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O projeto prevê a instalação de quatro praças de pedágio na rodovia. A previsão é que sejam investidos R$ 7,7 bilhões ao longo de 30 anos de concessão. Segundo o governo estadual, 70% da duplicação deve ser executada em cinco anos.

As novas praças de pedágio ficariam nas cidades de Jussara, Tapejara, Cruzeiro do Oeste e Cafezal do Sul. De acordo com o governo estadual, o pedágio deve custar R$ 4,50 em cada uma delas.

A empresa será escolhida por meio de licitação. Além da duplicação do trecho, foram projetadas as construções de 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas e vias marginais nas áreas urbanas. O valor global previsto inclui as indenizações que serão pagas por desapropriações, além de manutenção e conservação da rodovia ao longo do período de contrato.

Foi aberta uma consulta pública sobre a duplicação através do site da Secretaria Estadual de Planejamento. Estão disponíveis informações sobre o projeto, além de dados sobre a concorrência, minutas do edital de licitação e do contrato. A consulta pública ficará disponível até dezembro.

A proposta de duplicação da rodovia ainda será discutida em audiências publicas que vão ser realizadas no mês de dezembro em Cianorte e Umuarama. Nessas reuniões, a população poderá opinar sobre a obra.

Atualmente, a maior parte da rodovia é em pista simples. Conforme balanço da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), de janeiro a outubro de 2013 aconteceram 725 acidentes na PR-323, com 482 feridos e 42 mortes.


Fonte.: G1

Logística enfrenta baixo investimento e burocracia




Nas ferrovias, que respondem por cerca de um quarto do escoamento de bens, a velocidade em trechos metropolitanos chega a menos de 20 km/h, por conta da disputa entre trens de carga e de passageiros.

A ineficiente logística brasileira é um dos principais obstáculos da competitividade nacional, afirmaram os empresários presentes ao evento. O Brasil possui 1,7 milhão de quilômetros de rodovias, sendo que 12% são pavimentadas e 0,5% têm pistas duplas. Segundo recente pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 36,2% da malha é boa ou ótima. O modal rodoviário representa pouco mais de 60% da circulação de mercadorias no Brasil. Já nas ferrovias, que respondem por cerca de um quarto do escoamento de bens, a velocidade em trechos metropolitanos chega a menos de 20 km/h, por conta da disputa entre trens de carga e de passageiros.

"Os problemas são grandes, e os investimentos públicos em transporte chegaram a 0,29% do PIB em 2012, sendo que Índia e China investem mais de 3%", comentou Aline Lang, coordenadora de desenvolvimento do transporte da CNT.

Além das carências da infraestrutura física, o setor convive com outros obstáculos. "Há uma grande quantidade de agentes presentes no setor de transportes de cargas pelos portos e um cipoal de leis, decretos, portarias", ressaltou o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Willem Manteli. Segundo um estudo, desde a Constituição de 1989, já foram publicadas 4,7 milhões de normas no Brasil. "Isso cria insegurança jurídica", disse. O setor terá um grande desafio nos próximos anos: a movimentação de cargas, hoje em cerca de 900 milhões de toneladas por ano, deverá superar dois bilhões de toneladas até 2030. "Isso exigirá a ampliação de investimentos privados e um marco regulatório atraente, porque a demanda será crescente", ponderou. Entre 2001 e 2012, a movimentação cresceu 78%.

A receita de maior competitividade passa também pela redução da burocracia. Um exemplo foi dado por Francisco Gonçalves Cardoso, vice-presidente da Associação Brasileira dos Transportadores Internacionais (ABTI). "Às vezes a gente manda um caminhão para Buenos Aires. De Porto Alegre a Uruguaiana (RS) é um dia de viagem. De lá a Buenos Aires, mais um dia. Só que nesse meio tempo o veículo fica parado dois dias na aduana por conta da burocracia", afirmou.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, a logística ferroviária ganharia em agilidade e custo se o processo burocrático na construção fosse simplificado. Segundo ele, o setor poderia ganhar 40% no tempo de construção caso os licenciamentos regulatórios e ambientais saíssem com mais celeridade.

A redução de burocracia também teria impacto sobre as encomendas expressas, que envolvem mercadorias de até 70 quilos e são uma das principais ferramentas usadas por pequenas e médias empresas para importar ou exportar produtos. Nadir Moreno Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec), afirmou que existem restrições para exportar e importar bens, sendo que a declaração simplificada de exportação está limitada a valores de até US$ 50 mil. "Isso complica o fomento às pequenas e médias empresas terem melhores condições de exportar", afirmou. Em 2012, foram embarcados 3,2 milhões de quilos, enquanto foram trazidos do exterior 6,9 milhões de quilos. "Há um potencial grande de crescimento", afirmou.

Para Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez e integrante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), o Brasil precisa superar o desafio de educar e preparar sua mão de obra, especialmente no que diz respeito ao uso da tecnologia. Ele também focou a questão da burocracia: "O país precisa permitir que se abra ou feche uma empresa em 30 dias", afirmou. Relatório do Banco Mundial divulgado em outubro indica que a abertura de uma empresa leva em média 116 dias no Brasil.


Fonte.: Valor Econômico

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ANP edita norma de controle de qualidade de combustível



A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) baixou, nesta quarta-feira (20), nova norma sobre o controle de qualidade dos combustíveis automotivos líquidos que chegam ao consumidor final. Publicada no "Diário Oficial da União", a resolução ANP 44/2013 entrará em vigor dentro de 90 dias, para distribuidores, transportadores retalhistas e revendedores.


O texto prevê e regula o uso de lacres numerados nos caminhões-tanques. Editada em março de 2007, a norma que está sendo alterada pela nova regra já previa lacre, mas não falava em numeração.

Os lacres de numeração não repetida terão que ser colocados pelo distribuidor em todos os caminhões-taques no momento da saída da base ou terminal de distribuição e os respectivos números indicados na documentação fiscal. Em caso de rompimento acidental do lacre após emissão do documento fiscal, deverá ser emitida carta correção com nova numeração.

O distribuidor fica obrigado ainda a fornecer amostra-testemunha representativa do produto comercializado no caso de retirada do combustível pelo revendedor ou pelo transportador retalhista na base de distribuição. Na hipótese de o produto ser entregue a revendedores ou transportadores em seus estabelecimentos, esses é que ficarão responsáveis pela coleta da amostra. Independentemente do local, a amostra terá que ser coletada na presença de prepostos de todas as partes envolvidas, que assinarão formulário impresso na parte externa do envelope de segurança da amostra.

Reunião do Conselho da Petrobras é adiada para semana que vem





A próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobras foi adiada de 22 de novembro para 28 ou 29 de novembro, informou nesta quarta-feira (20) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da empresa.

A expectativa é de que seja definida nesta reunião a nova metodologia de reajuste dos preços dos combustíveis. Segundo Mantega, a reunião foi adiada para "aperfeiçoar as matérias que estão em pauta".


A Petrobras informou recentemente que os reajustes de combustíveis serão "automáticos", baseados em diferentes "variáveis", mas não deu detalhes sobre quando as novas regras começarão a valer.
Procurada pelo G1, a Petrobras não comentou o adiamento da reunião do conselho.

A nova metodologia visa garantir que a Petrobras possa cumprir seu grande plano de investimentos, assim como reduzir a alavancagem, em um momento que o índice superou o "teto desejável" de 35%, disse o diretor financeiro da empresa estatal, Almir Barbassa, no mês passado.

"O que estamos prevendo é que a nova política contemple a nossa previsibilidade e permita a implantação do plano de negócios que temos", afirmou Barbassa na ocasião, referindo-se aos investimentos de US$ 236,7 bilhões previstos de 2013 a 2017.

O governo controla os reajustes de combustíveis da estatal por conta questões relacionadas à inflação. Já a Petrobras quer que a nova metodologia traga maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços praticados no mercado internacional.

A atual política de preços da Petrobras, com reajustes esporádicos que não acompanham valores internacionais no curto prazo e provocam defasagem, está afetando a companhia num momento em que a empresa vem importando derivados para fazer frente ao crescimento do consumo brasileiro, principalmente por diesel.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ANTT leiloará trecho da BR-163 no dia 17 de dezembro




A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai levar a leilão o trecho da rodovia BR-163 em Mato Grosso do Sul. O edital, que estava previsto para o dia 27 deste mês, foi publicado no dia 18.

Os investidores interessados devem entregar suas propostas até as 17h do dia 13 de dezembro. Vence o leilão o grupo que propuser o pedágio mais baixo. O edital estabelece como teto para a tarifa o valor de R$ 0,0927 por quilômetro – equivalente a R$ 9,27 para cada 100 quilômetros.

Este será o segundo leilão de trecho de rodovia federal incluído no Programa de Investimento em Logística, lançado em agosto do ano passado e que prevê reforma e construção de estradas e ferrovias. Na quarta-feira (13), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou os estudos técnicos e econômicos apresentados pelo governo federal para o leilão da BR-163.

O trecho a ser concedido à iniciativa privada tem 847,2 quilômetros e corta todo o Estado, indo até as divisas de Mato Grosso e Paraná com MS. A concessão é pelo prazo de 30 anos.

A previsão é que sejam investidos na duplicação e conservação da rodovia, entre outras melhorias, em torno de R$ 3,6 bilhões ao longo da concessão.


Fonte.: A Crítica

Cabotagem deverá crescer acima de 20%, diz entidade




Pelo segundo ano consecutivo, o transporte de cargas em contêineres por meio de cabotagem (entre dois portos dentro do país) deverá crescer acima de 20% em 2013, segundo a Abac (associação brasileira do setor).

No ano passado, o volume de toneladas transportadas em contêineres avançou 24,97%, de acordo com dados da Antaq (agência federal que regula o segmento).

"É uma atividade que tem crescido de forma sustentável", diz Cleber Lucas, presidente da associação.

A alta em 2013 será puxada sobretudo pela movimentação de bens de consumo, como eletrônicos, alimentos e produtos de higiene, segundo o presidente.

Apesar do desempenho, o setor enfrenta dois gargalos que, se superados, poderiam colaborar para uma ampliação maior, diz Lucas.

O primeiro deles é a assimetria no custo do combustível em relação ao diesel que abastece os caminhões.

"Enquanto o diesel tem o preço subsidiado pelo governo, o combustível da cabotagem sofre todas as interferências do mercado internacional", afirma.

O outro ponto é a burocracia. "Embora o transporte seja uma carga doméstica, de porto a porto, o setor é tratado como se fosse de comércio exterior, com inspeções da Anvisa e da Polícia Federal."

A Brasil Kirin, que aderiu à cabotagem neste ano, já movimenta 16% de sua carga por esse meio. "É uma boa alternativa [para o transporte] entre o Sudeste e as regiões Norte e Nordeste", diz o presidente Gino Di Domenico.


Fonte.: Portos e Navios

terça-feira, 19 de novembro de 2013

SP: Ponto a Ponto convoca para mudança de TAG




Os usuários da rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360) cadastrados no programa Ponto a Ponto têm até o dia 20 de dezembro para substituir seu TAG e não perder o benefício da tarifa reduzida. Além disso, ao fazerem a troca, os usuários estarão prontos para usar o serviço nas demais estradas do Estado à medida que estiver disponível.

A mudança acontece porque o Sistema Ponto a Ponto passará a operar por meio das operadoras de serviço de arrecadação autorizadas a atuar no Estado de São Paulo. Isso vai permitir que os usuários possam usar um único TAG nas demais praças de pedágio com cobrança automática.

As empresas que prestam esse serviços nas rodovias, ConectCar, Auto Expresso, Sem Parar e, até o final do ano, a Move Mais, oferecem 10 planos de serviços, inclusive os de formato pré-pago, sem mensalidade. No momento da troca da TAG pela que tem a tecnologia de 915 MHz, o usuário deverá optar por uma das empresas prestadoras.

Passo a passo: Segundo a Artesp, o processo de migração é simples. O primeiro passo é o usuário possuir um TAG com tecnologia 915 MHz de alguma operadora no veículo. A adesão a uma das operadoras é inevitável e é importante atentar à tecnologia da TAG, uma vez que é possível que mesmo já estando através de uma operadora, o equipamento seja da antiga tecnologia (frequência 5.8 GHz).

O segundo passo é agendar o comparecimento no Posto de Adesão Ponto a Ponto (localizado no km 77 da SP-360, ao lado da praça de pedágio), para habilitar o TAG da operadora. Lá, o usuário vai cancelar seu atual contrato e habilitar seu novo TAG. O agendamento pode ser feito através do site www2.artesp.sp.gov.br/agendamento.

Caso a mudança não seja feita até 20 de dezembro, o usuário volta a pagar a tarifa cheia do pedágio.


Fonte.: Agência Bom Dia

RJ: Zona portuária tem mudanças no trânsito a uma semana da demolição da Perimetral




A menos de uma semana da implosão da Perimetral, marcada para o domingo (24), a zona portuária passa por novas alterações no trânsito. Esta é a primeira interdição parcial da avenida Rodrigues Alves, no trecho de um quilômetro entre a avenida Pereira Reis e Silvino Montenegro. Será naquele pedaço que ficarão os entulhos da Perimetral após a demolição.

Agentes da CET-Rio foram escalados para auxilar os condutores na região. Letreiros eletrônicos também irão orientar os motoristas.

Haverá esquemas diferentes de trânsito antes e depois das 13h, para facilitar a vida de quem chega ao centro do Rio, pela manhã, e de quem sai, à tarde. Saiba detalhes abaixo.

Dias úteis, da 0h às 13h

- Avenida Professor Pereira Reis terá trecho interditado entre a Via Binário do Porto, sentido Viaduto do Gasômetro e a Avenida Cidade de Lima.
- Viaduto 31 de Março também estará fechado no sentido Santo Cristo a partir da Avenida Presidente Vargas.
- Rua da Gamboa será invertida entre a Rua Barão da Gamboa (próximo à Cidade do Samba) e a Via Binário do Porto fazendo com que ônibus que saem do Terminal Rodoviário Américo Fontenelle devam seguir esse trajeto.

Acessos:

Motoristas na avenida Rodrigues Alves com destino à Via Binário do Porto no sentido Centro: dobrar à direita na Avenida Professor Pereira Reis e em seguida à esquerda para seguir pela Rua Equador.

Motoristas na Via Binário do Porto, sentido Viaduto do Gasômetro, que pretendem chegar à Avenida Rodrigues Alves: dobrar à direita na Avenida Professor Pereira Reis e depois virar à esquerda.

Dias úteis, das 13h às 24h

- Avenida Professor Pereira Reis terá tráfego nas duas pistas sentido Avenida Rodrigues Alves.
- Viaduto 31 de Março será liberado nos dois sentidos.

Acessos:

Motoristas na Avenida Rodrigues Alves com destino à Via Binário do Porto no sentido Centro: dobrar à direita na Rua Cordeiro da Graça e depois à esquerda para seguir pela Rua Equador.


Fonte.: R7

MT: Produtores já estão contratando caminhões com receio de faltar na colheita




Produtores rurais da região Norte de Mato Grosso já estão contratando caminhões para a colheita da safra de soja, que começa somente a partir da segunda quinzena de janeiro. A antecipação ocorre para que os contratos já sejam firmados, com receio de faltarem veículos na época da retirada dos grãos na colheita.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, em alguns municípios do Nortão já houve falta de caminhões na safra passada, devido ao aumento de produção em relação ao ciclo anterior. E, como a expectativa é de novo recorde em 2014, os agricultores já visualizam problemas no escoamento dos grãos.

O gerente de transportadora Sílvio Lima de Souza disse, ao Agroolhar, que nesta safra poderá faltar caminhões, pois serão cerca de dois milhões de toneladas de soja a mais que no ano anterior.

“Na safra passada já tivemos problema com transporte da lavoura até os armazéns e os agricultores não querem ficar dependendo de poucos caminhões para retirar os grãos. Então as contratações realmente estão antecipadas”, comentou.

O agricultor Geraldo Bortolas Dias informou, à reportagem, que o produtor rural precisa colher a soja no “tempo certo” para poder fazer o plantio da segunda safra dentro da janela ideal. “Então não dá para ficar esperando para contratar frete só lá em janeiro. Isso tem que ser feito agora. Quem deixar para a última hora pode passar apertado”, falou.

A escassez de caminhões se reflete no encarecimento do frete dentro da fazenda. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o serviço estará 17% mais caro nesta safra em relação ao ciclo 2012/13. O valor médio saltará de R$ 44.3 para R$ 51.8, por hectare.

Segundo o Imea, Mato Grosso deve colher cerca de 25.669 milhões de toneladas da oleaginosa nesta safra 2013/14. Caso se confirme, o montante será 8.5% maior que o resultado da safra anterior, quando foram 23.660 mi/t.

O crescimento da produção está baseado no aumento da área plantada, que cresceu 4.8% e foi a 8.2 milhões de hectares, fomentado pela expectativa de aumento médio da produtividade, que deve sair de 50 sacas por hectare, para 52.


Fonte.: Olhar Direto

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sudeste terá de investir R$ 590 bilhões em infraestrutura até 2018




A Região Sudeste terá de investir R$ 589,6 bilhões nos próximos cinco anos para manter e ampliar a infraestrutura regional. A conta é alta e reflete, em parte, os sucessivos atrasos na execução das obras. A cifra equivale à metade dos recursos necessários para ajustar a economia ao novo patamar de competitividade da infraestrutura.

Os dados fazem parte do mais novo diagnóstico encomendado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Os dados foram apresentados ontem ao mercado brasileiro, em São Paulo.

De acordo com os cálculos da Sobratema, o Estado de São Paulo tem projetos que totalizam investimentos de R$ 144,8 bilhões, 24,5% dos recursos necessários a toda a Região Sudeste e 12,12% do volume total projetado até 2018 para o País. O Rio de Janeiro é o segundo em demanda com R$ 136,3 bilhões, 23,1% dos aportes na região e 11,4% em relação ao total, cujo valor estimado chega a R$ 1,19 trilhão.

De acordo com o levantamento, o Espírito Santo é o terceiro, com R$ 78,4 bilhões em investimentos identificados, e Minas Gerais é o último, com R$ 57,9 bilhões. A região ainda tem uma carteira de projetos interestaduais, cujo valor alcança R$ 172,1 bilhões. Integram a lista a Arena Corinthians, a despoluição da Baía de Guanabara, o desenvolvimento do pré-sal e construções em cidades, como a urbanização das favelas de Paraisópolis e Heliópolis, em São Paulo, ou da Rocinha, no Rio.

Para Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, o desafio para a Região Sudeste, e como de resto para o Brasil, está em garantir a execução dos projetos identificados na pesquisa. "O problema é que as concessões à iniciativa privada são feitas apenas com projetos básicos. Quando a obra começa todos descobrem invariavelmente que quantidades e preços estão furados. E aí o TCU paralisa tudo. Essa é a essência do problema que inferniza a vida dos empresários e da sociedade", afirma.

Esse ambiente, segundo sondagem feita pela instituição, afeta a confiança do investidor: 89% culpam a burocracia pela trava na infraestrutura; 67% acusam o modelo de concessão como o principal entrave; e 56% dizem que o que o governo afirma não condiz com a realidade.

Olivier Girard, sócio da Macrologística Consultoria, diz que a natureza do problema da infraestrutura na Região Sudeste difere daquela vista em outras regiões. Em geral, existe infraestrutura, mas é insuficiente para a demanda, o que afeta a competitividade da principal região econômica do País.

A situação da ferrovia em São Paulo é exemplar. A capital paulista está no meio do principal corredor de exportação do País, só que um atraso de anos obriga trens de passageiros e de carga a usarem a mesma linha. Numa cidade caótica como São Paulo, a prioridade é a mobilidade urbana, não o transporte de carga.

Promessa. O projeto que criará um anel ferroviário na capital está prometido para sair do papel nos próximos anos. É parte das concessões que o governo federal pretende fazer para dar fluidez ao transporte de carga ao maior porto do País, o que no período de safra pode retirar boa parte dos 12 mil caminhões que descem a serra todos os dias. A situação das rodovias é um pouco melhor, principalmente em São Paulo, mas não é entre Minas Gerais e a saída para o Espírito Santo (BR-381) ou Rio de Janeiro (BR-040).

Em relação aos portos, o problema é maior para o complexo santista, responsável por um quarto do comércio exterior brasileiro. A previsão é que Santos bata recorde em movimentação de carga este ano, alcançando a impressionante marca de 100 milhões de toneladas, a maior parte trazida sobre caminhões do interior até a costa.

O sócio da Macrologística, Olivier Girard, avalia que a decisão do agronegócio de buscar uma saída para as commodities agrícolas pelo Norte pode aliviar a infraestrutura do Sudeste nos próximos anos. Porém, a demora torna qualquer previsão bem pouco precisa.

A infraestrutura aeroportuária é um exemplo. Depois de muita indecisão, o governo fez o leilão dos aeroportos de Viracopos, Cumbica e Brasília. O resultado não agradou e o governo decidiu mexer no modelo.

As mudanças retardaram em quase dois anos (21 meses) os novos leilões de concessão dos importantes terminais do Galeão (RJ) e de Confins (MG). A promessa é que sejam concedidos em leilão no dia 22, em São Paulo, praticamente às vésperas da Copa do Mundo.

Em se tratando de obras de infraestrutura paradas, o Aeroporto Eurico Salles, de Vitória (ES), talvez seja o mais emblemático. Depois de identificar superfaturamento, o TCU mandou suspender o repasse de recursos. A obra de R$ 337 milhões parou em 2008. Parte do dinheiro gasto foi perdida. A obra pode ser retomada até o fim deste ano, promete a Secretária de Aviação Civil. A que preço, ninguém sabe.


Fonte.: Estado de S. Paulo

Crédito para caminhões divide alas do governo




O subsídio à venda de caminhões e ônibus, por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em vigor no País desde 2009, colocou em lados opostos setores econômicos do governo.

A decisão sobre manter a subvenção em 2014, por meio da prorrogação do programa, está no centro de uma queda de braço que envolve equipes do Ministério da Fazenda e do BNDES, com pressão direta dos fabricantes, representados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A ideia de técnicos do banco, segundo apurou o Estado, era manter o PSI, com alguma elevação nas taxas anuais, apenas para bens de capital, mas extinguir o programa para caminhões e ônibus, hoje financiados a uma taxa de 4% ao ano. A taxa retornaria ao patamar anterior, de 9% ao ano. A pressão da Anfavea pela manutenção do programa estaria encontrado eco no Ministério da Fazenda, mas esbarra na incapacidade do BNDES em suportar o aumento contínuo da demanda.

De acordo com os números oficiais do banco, a liberação de empréstimos para a venda de caminhões aumentou 68,4% de janeiro a setembro deste ano, registrando R$ 21 bilhões, ante R$ 12,5 bilhões no mesmo período do ano passado. Caminhões e ônibus respondem por cerca de metade dos desembolsos do PSI no segmento de bens de capital.

Repasse. O governo está prestes a editar uma medida provisória repassando ao banco empréstimo do Tesouro no valor de R$ 24 bilhões, apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O repasse inicial seria de R$ 20 bilhões, mas ganhou reforço exatamente por conta da necessidade de ampliar o orçamento dos financiamentos a caminhões e ônibus.

A forte demanda fez com que, no início deste mês, o banco alterasse prazos de apresentação e tramitação das operações do PSI, condicionando novos pedidos de aquisição de ônibus, caminhões, máquinas e equipamentos rurais à modalidade em que o processo produtivo já esteja adiantado ou finalizado. Com isso, ficou estancado o crédito subsidiado para caminhões e ônibus que só serão produzidos no ano que vem.

Na semana passada, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse ter recebido a confirmação de que o PSI será prorrogado até 2014, conforme prometeu em outubro o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Mas as condições, especialmente quantidade de recursos e juros, ainda estão sendo avaliadas.

O presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer, argumenta que a demora na definição atrapalha o planejamento dos frotistas e dificulta as previsões das fabricantes para 2014. A indústria torce para que seja mantido o juro de 4% ao mês, mas trabalha com a possibilidade de alta da taxa. Mas, se for algo perto dos 10%, como era até junho de 2009, "certamente haverá um forte impacto nas vendas", disse um executivo do setor.


Fonte.: O Estado de S. Paulo

Acre tem o litro mais caro de gasolina, diesel e álcool




O Acre é o estado brasileiro com o litro mais caro de gasolina (R$ 3,25), diesel (R$ 2,72) e álcool (R$ 2,63) do país. Os dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), referentes ao Preço Médio ao Consumidor Final (PMPF) foram publicados no Diário Oficial da União.

No caso do álcool, os valores mais elevados, depois do Acre, são os cobrados em Roraima (R$ 2,55), Espírito Santo (R$ 2,54), Amapá (R$ 2,50), Alagoas e Pará (R$ 2,47). A maior economia será de quem abastecer em Goiás (R$ 1,92), Mato Grosso (R$ 1,96), Mato Grosso do Sul (R$ 1,97), Paraná (R$ 1,99) e Minas Gerais (R$ 2,11).

Além desses combustíveis, a tabela do Confaz traz os preços de referência para gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene de aviação (QAV), gás natural veicular (GNV), gás natural industrial (GNI) e óleo combustível. Os preços divulgados servem de base para calcular o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do produto.


Fonte.: O Rio Branco